Durante a Idade Média, a sociedade europeia enfrentou uma grande epidemia que assolou todo continente. A Peste Negra, uma doença que era facilmente transmitida pelo causador da leishmaniose, foi propagada devido à grande falta de saneamento básico que revelou uma realidade precária de higienização das cidades . Tal situação ainda permanece atualmente de outras formas, mas com os mesmo princípios no Brasil. Mesmo com o avanço da medicina, o país ainda é alvo de doenças que já foram uma vez erradicadas. Sistemas básicos de saúde e saneamento deficientes, desmatamentos, os quais proporcionam o desequilíbrio ecológico, a falta de conscientização e educação ao combate a criadouros de vetores que disseminam doenças são fatores que corroboram para a continuação da propagação de doenças. Em novembro de 2015, com o rompimento da barragem da metarlúrgica em Mariana, Minas Gerais, foi provocado um surto de dengue naquela região, que foi espalhando-se para outros estados próximos ao acontecimento. Pesquisadores afirmam que há ligações diretas com o incidente e a propagação da doença por envolver a destruição de florestas, contaminação de rios que desenvolveu um desequilíbrio ecológico o qual propiciou a proliferação do mosquito Aedes aegypti. A população com sistema de saúde precário e expostos a baixa qualidade dos saneamentos, junto a catástrofe ambiental fragilizou o processo de combate a essa doença. Além desse fator, a volta de doenças erradicadas acontecem devido ao descontrole quanto ao uso de antibióticos e a falta ou eficiência de vacinas devido a intensa mutação de bacterias e vírus. A falta de conscientização e educação colaboram para o mal uso desse tipo de droga para o combate dos agentes etiológicos mais resistentes. A quantidade, horários e prazos certos para tomar antibióticos devem ser rigorosamente seguidos segundo a prescrição de um médico. afim de evitar a seleção de bacterias resistentes agravando o caso para a erradicação da doença. Sem o acompanhamento do caderno de vacinação de cada cidadão também irá colaborar para a transimissão de enfermidades. Por meio do exposto, algumas medidas importantes devem ser consideradas para a solução desse impasse. O Governo Estadual, com as taxas cobradas, deve ampliar recursos para implantação de saneamento básico possibilitando acesso a toda moradia e promover maior disponibilidade na saúde pública de qualidade. As escolas e instituições educacionais em acordo com o MEC, bem como, em associação, com a mídia e propaganda poderá levantar instruções eficientes para a conscientização da responsabilidade quanto aos cuidados com a saúde, expondo os motivos e a importância de vacinação e o cumprimento correto das prescrições médicas. Alem disso, com a educação sustentável, ocorrerá uma preocupação com o desmatamento contribuindo para o equilíbrio ecológico para a manutenção do meio em que vivemos.