Com a vinda da corte portuguesa para o Brasil em 1808, houve a disseminação de doenças européias pelo território nacional. Mais adiante, com o avanço da tecnologia e a descoberta de curas e prevenções para essas, não é razoável que elas estejam de volta na contemporaneidade mediante a tantos esforços para erradicá-las. Com efeito, a construção de uma sociedade com melhores condições de vida se dará por intermédio da desmistificação das vacinas e da melhoria do sistema de saúde público. Primeiramente, os mitos em relação as vacinas no país se evidenciaram no contexto da República Oligárquica no ano de 1904, quando o governo federal obrigou a população a receber medicamento contra varíola sem qualquer explicação de reações ao corpo. Essa situação gerou mitos sobre seu efeito e um movimento popular anti-vacinação- A Revolta da Vacina- afirmando o pensamento de Platão de que o conhecimento imposto à força não pode permanecer na alma por muito tempo, concluindo que as informações sobre a vacinação deveriam ser introduzidas de maneira gradual na sociedade. Outrossim, o sucateamento do sistema público de saúde deixa em risco a população carente que não tem acesso à meios de saneamento básico privado. Uma vez que há grandes desvios do capital público devido a cultura de corrupção no país os direitos sociais- estabelecidos na Constituição Federal, no artigo 3- não são cumpridos, o que desenvolve uma dívida entre Estado-cidadão. Por conseguinte, de acordo com Aristóteles, se a justiça não for feita a base da sociedade não existirá. Cabe, portanto, ao Ministério Público Federal fiscalizar o cumprimento das leis editadas no país, principalmente as relacionadas ao destino de verbas públicas, além da atuação do Ministério da Educação promovendo através das mídias sociais campanhas de ensino à população dos efeitos das vacinas no corpo humano e no ambiente coletivo. Por meio dessas medidas será possível alcançar o ideal republicano e a redução das mortes que um dia foram superadas.