Para Durkheim o crime ainda que lastimável é normal e necessário, sendo que ele pertence à filosofia natural da sociedade e sinaliza a presença de moléstias a serem tratadas. Nesse viés, reduzir os elevados índices de homicídios, assaltos e sequestros no país, esbarra em desafios como a falta de estímulos educacionais nas comunidades carentes e a falha estatal na preensão aos criminosos. Segundo Imannuel Kant, “a educação faz o homem”. Diante disso, nota-se que se falta incentivo escolar entre as populações carentes que estimulem o desenvolvimento social dos jovens e os auxiliem na busca por melhores condições de vida. Nessa perspectiva, o baixo valor dado à educação faz com que os adolescentes vejam na criminalidade uma fonte alternativa de ascensão econômica. Consequentemente, muitos se envolvem com facções criminosas de contra bando de drogas e armas, levando-os a promoverem assaltos e sequestros, e até mesmo serem mortos em confrontos com as forças policiais. Por isso, é fundamental que haja um apoio socio educacional nas comunidades mais vulneráveis. Conforme Carlos Lacerda jornalista e político brasileiro, a impunidade gera a audácia dos maus. Logo, ao observa a forma pela qual o Estado lida com a criminalidade percebe-se que mudanças são necessárias, uma vez que no Brasil menores de idade mesmo aqueles que cometem crimes hediondos como assassinatos e estupros não podem ser julgados e condenados como adultos ficando apenas sujeito a medidas socio educativas por parte do Estado. Além disso, presidiários são beneficiados com saidões provisórios da cadeia em feriados e condenados que cumprem apenas um sexto de sua sentença adquirem o direito de cumprirem o restante dela em regime semiaberto, episódios que deixam a sociedade revoltada com o sistema penal reforçando a ideia de que mudanças nele são precisas. Sendo assim, tendo em vista sanar essa mazela o Ministério das Cidades deve investir na construção de centros culturais nas regiões vulneráveis do país, que auxiliem os jovens tanto em seu desenvolvimento social por meio de oficinais de teatro e pintura quanto em seu desenvolvimento profissional através de cursos profissionalizantes como informática, mecânica e eletrotécnica. Ademais o Poder Legislativo deve realizar reformas no Código Penal aumentando a pena máxima de crimes hediondos de 30 para 40 anos para dar maior serenidade no combate a violência. Como também com o mesmo objetivo, é preciso que se reduza a maior idade de 18 para 16 anos que se proíba a progressão de pena para crimes cometidos com emprego de violência ou grave ameaça e que se acabe com as saidinhas de presos em feriados por intermédio de proposta legislativas.