Para Thomas Hobbes, filósofo inglês da Idade Moderna, o “Homem é o lobo do Homem”. Logo, ele demonstra que o maior inimigo do ser humano é ele mesmo. Partindo desse principio, percebe-se a indispensabilidade do controle estatal na intervenção dos conflitos urbanos,assim como uma educação de qualidade,visto que um ensino falho pode originar agressividade no indivíduo. Hegel dizia que o Estado é substancia ética consciente de si mesma, portanto é perceptível a relevância do regime político na penalização de determinados crimes, pois ele é o responsável pela legislação cercando a sociedade. Muitas pessoas acreditam que a forma mais efetiva de amenizar problemas relacionados à violência é, simplesmente, aumentar o tamanho da penalidade, porém para a socióloga Julita Lemgruber,manter encarcerados infratores que cometeram crimes “leves”é um péssimo negócio, assim sendo o governo deve utilizar o dinheiro para investir em projetos prevenindo a criminalidade. O Brasil não tem condições de aumentar a legislação penal, visto que o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas, além de não ter cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação ética dos agentes de violência. Sendo assim, nota-se a necessidade da imposição pedagógica ética no indivíduo, uma vez que a criança que não apresenta boa formação educacional, certamente, apresentará maiores probabilidades de seguir um caminho indesejável, mostrando dessa maneira a importância de investimentos que alcancem esse público. Portanto, torna-se evidente necessidade do Governo Federal reformular as legislações penais, levando em consideração que o dinheiro utilizado em pequenos delitos possa ser utilizado em projetos de educação, saúde e profissionalização, visando minimizar a violência causada por jovens. Tornando essencial a atuação efetiva do poder judiciário, em parceria com as polícias civis e militares,garantindo a justa punibilidade dos infratores e a redução dos crimes urbanos.