Título da redação:

Marginalizados

Tema de redação: A violência urbana e a falência do sistema público de segurança no Brasil

Redação enviada em 11/09/2018

Pobreza. Favelização. Marginalização. Desemprego. Violência. O Brasil está entre os dez países com o maior PIB, mas é o oitavo com o maior índice de desigualdade social. Essa má distribuição de renda abarca também segurança pública que, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2016, apenas 1,5% do PIB é destinado a ela. Por esses motivos, há um aumento da violência nas metrópoles e a crise de segurança no Brasil tem se agravado cada vez mais. Examinando a atual situação do país, é notório que a falta de oportunidades entre os jovens faz a vida ilícita tornar-se, em muitos casos, a única opção. Além disso, a falta de vagas em colégios, falta de incentivo ao estudo e vivendo em um mundo o qual apela o tempo inteiro para que o ser humano consuma desenfreadamente, valorizando o ter em detrimento do ser, dificulta o fim dessa crise de segurança. Prova disso são os dados divulgados pelo Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias de 2014, onde 56% da população carcerária tem o ensino fundamental incompleto. Por esse motivo, uma sociedade parca na formação educacional das pessoas, reflete no aumento da criminalidade no Brasil, por isso, é urgente uma mudança desse cenário. Por outro lado, os policiais militares no Brasil não são bem preparados para diversas ações, e os escassos salários que recebem, quando em dia, acabam gerando revolta. Desse modo, a falta de treinamento tem refletido diretamente na alta letalidade da polícia brasileira e na morte de civis inocentes. Ademais, a população necessita de seus serviços para sua segurança e seu direito garantido pela Constituição, de ir e vir. Exemplificando, em 2017, uma greve da polícia no Espírito Santo, fez o número de furtos, assassinatos e arrastões aumentar exponencialmente, corroborando, assim, seu valor para sociedade. É necessário, portanto, o Ministério da Educação aumentar o número de vagas nas escolas, principalmente em áreas periféricas, e formar equipes de voluntários, professores e psicólogos para visitarem comunidades e bairros de baixa renda, para estimular e dar exemplos de pessoas com a mesma realidade que tiveram sucesso e ascenderam socialmente através da educação. Paralelo a isso, os governadores de estado, devem reivindicar o aumento de verbas destinadas à segurança pública, mostrar clareza na sua distribuição e investir na formação mais rigorosa e correta da P.M. Dessa maneira, a educação e formação como prioridade, a mudança do Brasil ocorrerá, mesmo que a longo prazo.