A cada dia que passa, fica mais evidente a insegurança dos cidadãos em exercer seu direito de ir e vir. O medo de sofrer qualquer tipo de violência é tanto, que as pessoas não se sentem seguras nem em suas próprias residências. O que se torna compreensível graças ao nosso sistema público de segurança. Os índices de violência, principalmente nas grandes cidades, que já eram alarmantes, se tornaram algo fora de controle. Em 2014, o Brasil atingiu a marca recorde de homicídios, uma média de 29,1 para cada grupo de 100 mil habitantes, a maior já registrada na história do país. As principais vitimas são jovens negros e com baixa escolaridade, homossexuais, mulheres e moradores de rua. Um levantamento aponta também a região Nordeste como sendo a maior escalada de violência na série histórica, que vai de 2004 até o ano de 2014. O nosso precário sistema de segurança, e as leis que defendem e beneficiam os malfeitores, tratando-os como vítimas da sociedade, tornam as coisas mais difíceis para população. Como resultado, temos que nos privar de certos lugares por receio do que pode nos acontecer. Momentos de lazer são evitados por medo de sermos vitimas de bandidos e, em alguns casos, de policiais, que acabam se precipitando e cometendo erros, por exemplo, prisão ou execução de pessoas inocentes, que tanto podem ou não serem considerados graves quanto podem ou não serem equívocos. Além das melhorias no sistema de segurança, o investimento em áreas como a educação e inclusão social, econômica e política, pode contribuir na prevenção á criminalidade urbana, já que, unicamente por lei, definindo novos fatos típicos, agravando a resposta penal e excluindo benefícios dos autores de infrações penais graves, não se reduz a níveis razoáveis.