Título da redação:

Injustiça, a mãe da violência

Tema de redação: A violência urbana e a falência do sistema público de segurança no Brasil

Redação enviada em 30/08/2016

A violência no Brasil, desde o período de colonização, sempre esteve presente em nossa sociedade e, ao longo dos anos, com a globalização e o desenvolvimento tecnológico, a desigualdade social cresceu –e ainda cresce– significantemente, agravando ainda mais o quadro de violência em nosso país. Todo cidadão brasileiro, por lei, tem que trabalhar e estudar. Entretanto, as boas vagas de emprego são disputadas entre uma minoria privilegiada, que teve melhores condições e oportunidades. E, considerando que o sucateamento da educação tem se tornado cada vez mais grave, muitos jovens são condicionados a entrar no crime. Logo, conseguimos entender que entre 1995 e 2005, o crescimento da população carcerária foi significativo; passou de 148 mil para 361 mil presos, totalizando um aumento de 143,91%, segundo dados do Governo Federal. Devido à superlotação das cadeias, o que deveria ser a recuperação dos criminosos, serviu de combustível para o aumento de violência e criminalidade no Brasil. A falha lógica das autoridades consiste em abrir mais cadeias em detrimento de escolas, iludindo-se na ideia de conter, por hora, os crimes, ao invés de investir em medidas de longo prazo como a recuperação do detento, visando cortar “o mal pela raiz”. Questões como essa requerem medidas de curto e longo prazo, estas que devem coexistir paralelamente em prol de uma sociedade sem maiores discrepâncias nos âmbitos sociais, econômicos, demográficos e políticos. Cabe, portanto, ao Estado assegurar os direitos básicos do cidadão [que atuam como fatores preventivos] tais como educação, moradia e emprego, visando à inserção efetiva dessa grande parcela da sociedade que é marginalizada, de forma a atenuar a questão de violência em nosso país. Soma-se ainda, à conscientização da população, que pode ser realizada por meio da atuação em conjunto do Estado com ONGs e a mídia, e a criação de grupos de apoio que contribuam para a recuperação de pessoas que estão no crime.