Se observarmos um pouco da história do Brasil, verificaremos algumas brechas na construção social, econômica e educacional como na Abolição da Escravatura da etnia negra em 1888, é nítida a necessidade da “libertação” dos escravos africanos, mas não existiu um planejamento para à criação de leis, que conduzissem os ex-escravos a um trabalho remunerado, a aposentadoria, a uma moradia própria e o acesso à educação. Entretanto o que ocorreu foi o abandono de crianças, o surgimento de mendigos, cidadãos indo residir em morros de forma inadequada, enfim, hoje o Brasil possui muitas favelas em periferias que refletem à desigualdade social e a violência urbana. A migração da população residente no meio rural para às cidades urbanas, devido à falta de moradia, educação, saúde e emprego, resultou em um “inchaço” nas grandes metrópoles que não conseguem introduzir tantas pessoas ao mercado de trabalho, e logo são excluídas da sociedade, sendo um fator para a violência urbana. Desde já o contexto social não é apenas suficiente para justificar os crimes, mesmo com a queda nos índices da pobreza, vemos o fato do cidadão também escolher ser um criminoso; “à legislação penal é branda” muitos dizem, e os próprios governantes não se interessam em promover mudanças mais rígidas no Código Penal e no Sistema Penitenciário, que outrora não é conhecido no Brasil por promover regeneração de conduta, então mergulhamos na enfermidade da insegurança pública. Logo para a grande maioria dos políticos perder o voto dos criminosos não é legal, pois muitos encontram-se envolvidos em corrupção e ela se estende até no sistema de segurança. Acresce que policiais possuem má remuneração, sem uma infraestrutura adequada de armamento, em comparação aos traficantes de drogas com armamentos superiores e lucram com a venda ilegal de drogas, neste capítulo vemos policiais morrendo e outros se corrompendo com o dinheiro do tráfico. Então é possível reviver a segurança pública no Brasil? E a violência urbana? Primeiramente acredito ser possível quando os nossos Governantes se posicionarem de forma madura e firme em promover reformas na legislação penal, com leis mais rígidas e eficazes como por exemplo, a prisão perpétua para crimes hediondos, à diminuição da maioridade penal, pois os adolescentes tem consciência em escolher o caminho do crime ou serem moralmente corretos; transformar o sistema penitenciário em um local de recuperação eficaz, com palestras levando os presos à reflexão de seus atos, promover à educação e a possibilidade de privatizar uma parte dos presídios brasileiros, que é uma tendência mundial, utilizada nos Estados Unidos, o Governo Federal desempenharia o papel de financiar cada preso, as empresas seriam as administradoras; promover cursos de profissionalização técnica como forma de prevenção principalmente para os jovens, reforma na infraestrutura da polícia regular não apenas com melhor remuneração, mas com um armamento adequado e de qualidade, promover nas Instituições de ensino a disciplina sobre Educação Moral e Cívica como uma maneira de reviver o caráter e a honestidade na sociedade brasileira, que está se perdendo.