Título da redação:

De Vargas à favela

Proposta: A violência urbana e a falência do sistema público de segurança no Brasil

Redação enviada em 18/07/2016

Com o início da Era Vargas, década de 30, o Brasil sofreu um processo de intensa industrialização. Em função disso, as cidades brasileiras cresceram desordenadamente, e a população com menor poder aquisitivo foi obrigada a migrar, cada vez mais, para as periferias. Com isso, os índices de violência acompanharam o ritmo de crescimento, colocando o Brasil entre os países mais violentos do planeta. Logo, é necessário que as causas de toda essa violência sejam combatidas em prol do bem-estar social. É válido ressaltar, antes de tudo, a situação do sistema penitenciário brasileiro. Ao contrário do senso comum, a cadeia não deve ser uma arma de tortura aos presos, e sim uma forma de reabilitação a qual posso reinseri-los à sociedade. Contudo, a realidade é outra. Grande parte das penitenciárias são superlotadas e não possuem infraestrutura adequada, atuando como estímulo à violência. Diante isso, é dificultada a reinserção social, resultando no imenso número de cidadãos que voltam a ser presos após cumprirem a primeira pena. Vale considerar, ainda, a relação socioeconômica com a criminalidade. Nos últimos anos, as políticas sociais conseguiram reduzir, consideravelmente, a pobreza. Entretanto, os resultados não foram os mesmos para a violência, uma vez que a área da educação não recebeu investimentos relevantes. Em vista disso, as crianças, principalmente aquelas mais pobres, veem o aparente “sucesso” do crime e acabam almejando a ilegalidade como forma de oportunidade, em vez de usarem os estudos como forma de ascensão social. Fica claro, portanto, que o medo e a violência cercam a sociedade brasileira. Para melhorar a situação, o poder público deve construir novos presídios e, além disso, proporcionar atividades recreativas na própria penitenciária, tais como esporte, educação e trabalho comunitário. Ademais, o Ministério da Educação deve promover investimentos em prol da melhoria da educação pública brasileira. Para isso, palestras com policias, por exemplo, poderiam ser realizadas, mostrando as péssimas consequências que o crime rende aos jovens. Por fim, as instituições de ensino poderiam disponibilizar horários com psicólogos para orientarem, principalmente, crianças ou adolescentes que demonstrem alguma relação com o crime.