A violência urbana, aliada a precária segurança pública nos estados brasileiros refletem nos altos índices de homicídios, roubos, latrocínios e os mais diversos tipos crimes que são uma realidade frequente em números significativos no país. Esse cenário é fruto de graves problemas sociais, políticos e culturais que se encontram na nação. O crescimento urbano e populacional desordenado nas metrópoles brasileiras, ocasionaram em meados do século XIX, o processo de favelização nas grandes cidades. As favelas, também chamadas de comunidades, instalaram-se com graves problemas de infra-estrutura básica e nelas foram morar as classes mais pobres da sociedade. Problemas políticos, culturais e de desigualdade social propiciaram o fortalecimento do crime organizado dentro dessas comunidades, e até mesmo fora delas, colocando o país no patamar de 11º país mais violento do mundo e 4º com mais desigualdade social na América, segundo um levantamento realizado pela ONU em 2015. Com isso, é possível analisar que a criminalidade caminha ao lado de problemas sociais na população, onde muitos jovens e adultos escolhem viver a margem da lei, com o objetivo de conseguir suprir os problemas de desigualdade que enfrentam. O sistema público de segurança, que tem como função combater esse cenário, é muito precário; policias e guardas não são bem remunerados e possuem pouco treinamento para exercerem seu trabalho, para se ter noção, um policial militar na cidade do Rio de Janeiro, recebe aproximadamente R$1.500,00; um salário que não é compatível com o risco que se corre atuando diretamente nas ruas em combate ao crime, tal situação fortalece para que os mesmos muitas vezes entrem em acordo com o tráfico em busca de mais dinheiro no fim do mês. Outro problema é o sistema penitenciário, pois as prisões brasileiras estão superlotadas e são tratadas com descaso pelo poder público, uma pesquisa realizada pela Unifesp em 2015, relatou que existe um déficit de 30% em relação ao número de presos e ao que o sistema penitenciário comporta no Brasil, ou seja, uma pessoa que cumpre pena no país, na maior parte das vezes não consegue se reeducar e se reintegrar na sociedade, devido ao sofrimento e descaso que sofre-se dentro das prisões e também pelo preconceito por parte de empresas e comerciantes para inserir pessoas com fichas criminais no mercado de trabalho. Portanto, o Brasil passa por um momento de fragilidade em termos de violência e segurança. É necessário que projetos sociais realizados por ONG's e por instituições governamentais, sejam inseridos nas comunidades brasileiras com o objetivo de afastar jovens do crime, também que políticas públicas de segurança sejam eficazes e aplicadas nas ruas por policias bem treinados e remunerados e que investimentos por parte do governo federal sejam feitos no sistema penitenciário brasileiro, pois dessa forma será possível diminuir significativamente os índices de criminalidade que aterrorizam o país.