Título da redação:

A violência urbana persiste

Tema de redação: A violência urbana e a falência do sistema público de segurança no Brasil

Redação enviada em 24/07/2016

Desde a última década o Brasil passou por avanços positivos no seu quadro socioeconômico, como na redução da pobreza e no acesso ao consumo por parte de uma classe média em ascensão. No entanto, os índices de violência não acompanharam a mudança, permanecendo com uma certa estabilidade de 26 mortes por 100 mil habitantes entre 2000 e 2009, segundo o site "violenciaurbanablogspot". O crime organizado, ligado principalmente ao tráfico de drogas, é presente na realidade brasileira há muito tempo, favelas e comunidades periféricas das grandes cidades chegam a ser controladas por estes grupos em um cenário de falência do poder público nestes locais. Diante disto, as forças de segurança pública adotam medidas extremamente violentas e ineficientes contra o crime organizado, provocando, consequentemente, um cenário de guerra constante que tem como vítima frequente a população civil. Portanto, a ineficiência no combate às facções criminosas é fator que motiva a persistência da violência urbana no país. Do mesmo modo, a punição, quando ocorre, falha estruturalmente. Os presídios são transformados em verdadeiras "escolas do crime", em razão da superlotação e da participação do crime organizado dentro destas instituições, o qual corrompe agentes penitenciários ao ponto de estabelecerem regras marginais que sobrepõem o sistema público carcerário. À vista disso, ao invés de reinserirem os presidiários na sociedade após a punição, o encarceramento apenas gera indivíduos mais perigosos. Dada a conjuntura da violência urbana no Brasil, cabem medidas. É necessário repensar o combate ao tráfico de drogas, para isso, o legislativo deve formular uma gradual legalização das drogas ainda ilícitas de forma que o poder público possua total controle deste processo. Por fim, deve-se fornecer cursos profissionalizantes dentro dos presídios, os quais serão geridos em parceria entre a esfera estatal e privada, pois, desta maneira, criará oportunidades que terão como perspectiva a reinserção social positiva dos presidiários.