A violência caracteriza-se pelo uso intencional da agressividade para ameaçar ou cometer algum ato que resulte em acidente, morte ou trauma psicológico a outra pessoa ou ser vivo. Tal comportamento assola a sociedade brasileira, colocando o país em 16º no ranking mundial da violência da ONU em 2014. Assim, cabe analisar as causas da violência urbana e da falência do sistema público de segurança no Brasil. Primeiramente, é preciso reconhecer que a visão comum sobre violência gerar violência é válida. Isso porque, segundo conceituou Muniz Sodré, famoso comunicólogo brasileiro, atos e estados de violência estão intimamente ligados. Nesse contexto, cria-se um ciclo vicioso, no qual ações eventuais e pontuais de violência fazem com que as pessoas estejam imersas em um estado permanente de insegurança, o que, de alguma forma, propicia o posicionamento violento delas. Concomitantemente, verifica-se como a impunidade e a problemática em questão estão intrinsecamente relacionados. Haja vista que, em muitos casos, a polícia e justiça são corruptos, elas parecem, mesmo com os avanços tecnológicos, mal equipadas e preparadas. Soma-se a isso, a legislação criminal defasada, a estrutura e processos judiciários obsoletos e o sistema prisional caótico, o que gera uma sensação de impunidade catalisada pela tolerância cultural. Fica claro, portanto, que a grande dificuldade em se pôr um fim à violência no brasil é a multiplicidade e grandeza de suas causas. Diante disso, é necessário o investimento do Estado na reorganização das suas instituições punitivas, dando enfoque ao policiamento preventivo, com rondas e postos policiais em locais cuja criminalidade é alta. Ademais, a Câmara dos Deputados deve trabalhar na alteração do código penal brasileiro, visando tornar julgamentos mais rápidos e concisos. Por fim, o governo deve investir na área de inteligência criminal, com a adoção de métodos, processos e instrumentos de busca de informação sobre criminosos. Dessa forma, o Brasil reverte o paradigma de nação perigosa.