De 1964 a 1985, o Brasil passou por um período de intensa repressão. A ditadura militar foi marcada pelo uso exacerbado de violência e censura. Após o fim da mesma e a promulgação da Constituição de 1988, o país retomou, enfim, a democracia. Entretanto, resquícios do período ditatorial e gradativos atos de violência corroboram para a manutenção do contexto atual brasileiro. Nesse viés, a falta de preparo militar para o serviço de defesa preventiva fomenta a extrema violência. Dessa maneira, o corriqueiro abuso de poder por parte de policiais para com a população, aumenta. Dados do FBSP - Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que em 2013, 6 pessoas eram mortas por dia no país pela polícia. Por conseguinte, o uso constante de treinamentos feitos exclusivamente para o incentivo a tortura, seja ela física ou psicológica, fazem-se comuns, evidenciando assim, o comportamento agressivo consequente de épocas como a do regime militar. Além disso, nota-se o estado de violência nacional tornou-se permanente e ordinário. Segundo o Data Folha, a questão da proteção é a segunda maior preocupação do povo tupiniquim. A falha nos sistemas de segurança e justiça acabam por deflagrar a sensação de impunidade, uma vez que a taxa de crimes em cidades aumentam e a punições aos infratores, não. Diante desse panorama, efetuou-se notória a frase do professor Pedro Bodê, da UFPR; "A vida vale muito pouco no Brasil". Fica claro, portanto, que é válido ressaltar a importância de uma reforma em toda a conjuntura de segurança pública. Convém ao governo uma aliança com empresas privadas, buscando extinguir a total responsabilidade e poder do Estado sobre esta estrutura, por meio da implantação de treinamentos preventivos e o ensino de medidas não violentas, mas precavidas aos policiais de todo o país. Ademais, cabe aos governos locais investirem no reforço de policiamento em suas cidades. Para que a longo prazo, o Brasil tenha políticas de segurança menos abusivas e mais transparentes e eficazes, não reproduzindo assim, o contexto caótico e repressivo de 50 anos atrás.