A violência urbana é um dos principais problemas do cotidiano do cidadão brasileiro. Apesar de os representantes do poder desenvolverem diversas estratégias a fim de diminuir os índices de criminalidade, é crescente e alarmante o sentimento de insegurança da população. Essa antítese ocorre uma vez que os planos relacionados ao sistema público de segurança são traçados priorizando o confronto desacompanhado de uma prevenção. Dessa maneira, é possível inferir que o combate ao crime envolve diversas questões que são negligenciadas para apresentar resultados a curto prazo. A não inserção de projetos educacionais em planos de segurança é um contribuinte para a falibilidade da ação governamental. A educação possui a função de transformar o indivíduo e ampliar suas perspectivas. Segundo pesquisas, as áreas carentes são as que apresentam um maior índices de jovens que aderem ao crime. A partir dessa informação, conclui-se que seria viável, através de um ensino instrutivo de qualidade, reverter as estatísticas,promover novas possibilidades e melhorias no padrão de vida de várias famílias. A educação, portanto, permite que o indivíduo conheça e distinga o certo do errado e prefira vias dignas para conquistar seus desejos. A recuperação do cidadão que cometeu um delito também é um aspecto tratado com indiferença. O sistema prisional conduz o prisioneiro a um sentimento de revolta, já que o espaço destinado a uma reabilitação é insalubre e fere os direitos humanos. Além disso, não são elaborados frequentemente programas que permitam uma reeducação social para que o detento, ao ser libertado, possa participar positivamente no meio social. O sistema público de segurança deve, para alcançar seus objetivos, adicionar ações preventivas e de reintegração. Como exemplo de medidas que concretizam a diminuição da insegurança permanentemente e a longo prazo, pode-se citar a elaboração de concursos nas escolas organizados pelo governo que privilegiem criações artísticas que mostrem as consequências positivas da preferência pela paz e as negativas em relação aos atos violentos. No que tange à reabilitação de detentos, a aproximação de profissionais da educação e da psicologia aliados a programas culturais realizados nos presídios, como apresentação de peças, filmes e debates, incentivados pelo poder público juntamente com o capital privado seria responsável por elevar a conscientização e a bagagem cultural, configurando um panorama favorável a sua reintegração na sociedade. Assim, o sentimento de medo e vulnerabilidade do cidadão brasileiro não será compatível com a sua nova rotina.