Atualmente, os jornais evidenciam o crescimento de um dos problemas que mais preocupa a sociedade: a violência urbana. Em face a esta realidade, os brasileiros sentem uma profunda perplexidade com a ineficiência das instituições de segurança pública em salvaguardar a ordem social. Muitas propostas são apresentadas para minimizar esta violência, no entanto, todas elas tornam-se paliativas caso não atinjam a força motriz do problema que é a desigualdade social. Num país com profundas desigualdades, nascer pobre é quase como uma sentença de escravidão: o indivíduo possui poucas oportunidades de estudos, dificilmente se engaja em carreiras promissoras, serve-se de um sistema de saúde extremamente precário etc. Neste contexto, não é difícil compreender a revolta, em especial dos jovens que possuem longos anos pela frente, contra uma sociedade injusta e desigual que o vê com desprezo. A discriminação do pobre, aliada às necessidades de sobrevivência, leva-o a se juntar a movimentos populares que reivindicam o respeito aos seus direitos. Lamentavelmente, alguns destes grupos utilizam-se de violência, o que gera o confronto direto com as forças de segurança. A atuação despreparada e violenta da polícia, não raramente desrespeitando os direitos humanos, agrava ainda mais esta revolta e, como consequência, o aumento da violência, até mesmo, contra o cidadão de bem. A desigualdade social é responsável pelo caos em que a sociedade brasileira se encontra. Para ao menos minimizá-la, os políticos, representantes do povo, devem apresentar e aprovar um projeto de lei que aumente a taxação de impostos sobre grandes fortunas e apliquem esta verba arrecadada em, única e exclusivamente, projetos sociais que visem atender às necessidades dos menos favorecidos. Desta forma, torna-se possível iniciar o apaziguamento das revoltas populares e livrar o Brasil do fracasso.