A constante violência no país, tem se mostrado um enorme embate na busca por paz e qualidade de vida pelo brasileiro, em que um indivíduo absorve um ideal de falsa tranquilidade diante do caos habitual das ruas. E tendo-se como as principais causas , a desigualdade social, que impulsiona pessoas a buscarem formas fáceis de subsistência, além de precária repressão do crime pela segurança pública. A princípio, observa-se que o grande cerne da marginalização se volta para a carência financeira das classes inferiores, como também a falta de formação educacional , as quais levam boa parte dos jovens a buscar maneiras simples de se manter , como roubo , latrocínio , tráfico e dentre outras formas . Pois assim como afirmava o filósofo Nietzsche: " a desigualdade dos direitos é a primeira condição para que haja direitos ". Concomitantemente, existe uma deficiente rede de segurança pública , com má remuneração dos policiais , precariedade dos presídios , bem como a constante corrupção e truculência por parte de uma minoria de agentes de polícia , levando alguns cidadãos a aplicar a "justiça com as próprias mãos" agravando a "guerra" nas ruas. Fatos que demonstram a ineficiência e contradição da segurança pública são os massacres de Carandiru (1992) e da Candelária , em que policiais matam covardemente diversos civis. Portanto, torna-se indubitável a marginalização do indivíduo contribuindo para a violência , bem como a incompatibilidade do sistema de defesa para a sociedade . Diante disso, torna-se necessário a participação do governo, escola e família na aplicação de medidas como maior investimento em formação profissional e oportunidade de emprego , com o intuito de diminuir a marginalização; criação de mais creches e organizações que tirem as crianças da rua e ofereçam educação , a fim de afastá-las do crime ; além de maiores investimentos na segurança , como salários satisfatórios aos funcionários e infraestrutura .