Antes associada à periferia, a violência urbana têm se espalhado rapidamente por todos os lugares, estando presente até em bairros mais nobres. Isso deve-se, principalmente, à pobreza enfrentada por grande parte da população, que, juntamente com a falência do sistema público de segurança, proporciona um aumento no número de criminosos e na impunidade. A pobreza em si não é fator determinante do caráter das pessoas, porém, diante de determinadas situações, este pode ser fortemente influenciado. Há inúmeros casos de pessoas que venceram a pobreza de maneira honesta através dos estudos, como é o caso do ex-Presidente do STF, Joaquim Barbosa. Entretanto, diante de uma educação pública precária, má condições de moradia, fome e, principalmente, má estrutura familiar, muitos jovens vêm no crime uma forma mais eficaz de sobreviver. Apesar de tanta violência e tantos criminosos, pouco efetivo são os projetos que visam melhorar a segurança pública no Brasil. O despreparo de policiais nas ruas, por exemplo, é alarmante, evidenciado pela abuso de autoridade, que torna a população ainda mais amedrontada diante de atos violentos, como agressões físicas contra os criminosos, o que levanta uma questão muito criticada por alguns e defendida por outros: a justiça com as próprias mãos. Aliado a isso, o sistema carcerário é insuficiente. Não há presídios para abrigar tantos infratores e a superlotação compromete o caráter reeducativo e ressocializador, o que propicia o retorno à práticas criminosas. Pode-se, portanto, afirmar que é de extrema importância o interesse, por parte de autoridades políticas, em desenvolver projetos que visem resgatar jovens que vivem em condições precárias, através da educação, arte ou esporte, de forma de os convençam de que são capazes de alcançar todos os seus sonhos, já que muitos não possuem expectativa de vida. Também é importante a formação de policias mais bem preparados para agir na sociedade, que possuam condutas éticas e respeitem a todos, com uma maior fiscalização desses. Dessa forma é possível reduzir os índices de criminalidade, a superlotação nos presídios e, consequentemente, a impunidade, tornando a população mais segura e justa.