O século XXI, mais que nenhum outro, está marcado pela intensa integração entre países e pessoas, o que contribui para a disseminação de diversas culturas. No entanto, tal realidade de globalização coloca em risco a identidade de cada país, em função do enaltecimento de outras culturas e da inferiorização da sua própria, seja pela questão cultural, seja pela insuficiência da educação. Na abertura dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, a cultura brasileira – desde os seus primórdios até a atualidade – foi enaltecida e pela primeira vez, para alguns brasileiros, tornou-se motivo de orgulho. Entretanto, esse sentimento de patriotismo é escasso no país, já que o termo criado pelo jornalista Nelson Rodrigues, ‘’Complexo de Vira-Lata’’, para se referir ao pensamento do brasileiro para com si próprio, é vigente no país. Um exemplo disso é o que o inglês Adam Smith escreveu em seu blog da BBC, que, ao chegar no Brasil, percebeu que muitos brasileiros se sentiam inferiores e infeliz por serem nativos do Brasil, o que causou um estranhamento, porque, muitos estrangeiros veem o país como um lugar dos sonhos. Todavia, o impasse está longe de resolvido, pois a baixa autoestima do brasileiro com o Brasil, assim como a falta de patriotismo, tornaram-se um comportamento comum, passo de geração a geração. Além disso, a questão da educação é um dos fatores principais para a perpetuação dessas atitudes, em função da falta de valorização da cultura brasileira nas escolas, as quais não possuem aulas específicas sobre o assunto. Em sua música Querelas do Brasil, Elis Regina expõe que o Brasil não conhece o Brasil. Portanto, é imprescindível que o Ministério da Educação implemente aulas de campo e palestras, em todas as escolas, a fim de ensinar sobre a cultura brasileira. Ademais, cabe ao Ministério da Cultura, a criação e manutenção de espaços culturais, destinados à arte brasileira, com o intuito de disseminá-la. E por último, a mídia é essencial para promover ,através de novelas e programas, o orgulho da própria nação a todas as famílias. Desse modo, será possível formar a identidade contemporânea e valorizá-la.