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Tema de redação: A valorização da cultura nacional na formação da identidade contemporânea

Redação enviada em 19/10/2016

Desde o período literário do Romantismo, nota-se a busca por um elemento que procure identificar o povo brasileiro, na época o índio. Hoje, após a consolidação dos principais grupos formadores da cultura nacional, os indígenas, africanos, europeus e os asiáticos, existe uma incógnita sobre o real símbolo que representa a população. Nessa perspectiva, para compreender a dificuldade da formação de uma identificação nacional, é necessário analisar o motivo que levou à tal acontecimento e, posteriormente, as suas consequências. Primeiramente, é válido observar que esse problema decorre de uma ignorância sobre a própria cultura. Isso se dá porque, hoje, existe na sociedade uma falta de conhecimento sobre a história detalhada do país e a sua formação, ocasionado pelo pouquíssimo ensinamento na formação escolar dos cidadãos, o qual acaba contribuindo para uma inexistente noção sobre uma representação cultural nacional. Um exemplo disso são dados de uma pesquisa do IBGE que comprovou que um terço dos brasileiros não tem um mínimo conhecimento sobre as obras artísticas de pintores contemporâneos e que 70% nunca leram um livro literário. Outrossim, é importante ressaltar que o pouco conhecimento e a desvalorização da cultura nacional acarreta sérios problemas. Tal fato ocorre pois, como não existe uma consciência sobre a própria cultura, os brasileiros começam a consumir a cultura estrangeira, tanto em conteúdos literários, quanto em músicas, o que agrava, desse modo, ainda mais a falta de valorização de sua própria produção artística. Prova disso é um estudo realizado pela USP (Universidade de São Paulo) que mostrou que mais de 80% dos jovens brasileiros consomem a cultura de massa dos Estados Unidos em detrimento da cultura nacional, dificultando a identificação contemporânea. Portanto, é imprescindível admitir que, no Brasil, existe um problema na sua valorização cultural e na formação de sua identidade. Precisando, dessa forma, que o Ministério da educação planeje a criação de uma disciplina sobre a história da arte nacional, com detalhes, nas escolas, através de professores capacitados pelo governo, para, consequentemente, surgir uma geração que reconheça o sincretismo cultural brasileiro. Ademais, deve, também, facilitar a produção artística popular por meio de incentivos financeiros governamentais e, por fim, o Governo deve produzir campanhas publicitárias para atrair os brasileiros a conhecerem, de fato, sua cultura e para construírem sua identificação. Afinal, segundo a ideia de Confúcio, todo cidadão tem o direito de acessar a sua própria cultura.