Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A valorização da cultura nacional na formação da identidade contemporânea

Redação enviada em 26/08/2017

O fim da segunda guerra mundial embasou a necessidade de regras essências para a sociedade, assim, foi adotada a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), que assegura ao cidadão o direito de seguir sua própria cultura. No entanto, é sabido que no Brasil hodierno a cultura nacional vem sendo cada vez menos valorizada, o que evidencia tanto a negligência da sociedade quanto a indiligência do Estado. Mormente, ao avaliarmos a questão da diversidade cultural no Brasil por um prisma histórico, nota-se que, durante o período colonial os portugueses deram início à miscigenação na terra do “Pau-Brasil”, que posteriormente, com a chegada dos escravos em massa e dos ingleses aumentou gradativamente e esse fator impulsionou a diversidade cultural no país. Na contemporaneidade, essa realidade não é diferente, entretanto, devido a esse fator a cultura nacional ficou cada vez menos evidenciada. Segundo Albert Einstein, ao menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de mudar a forma como nos acostumamos a viver. Sob tal ótica, é correto afirmar que à medida em que a sociedade se acostuma com a desvalorização da cultura nacional, como no caso do índios, torna-se cada vez mais difícil preservar a história que sobreviveu à tantos conflitos. De acordo com Thomas Hobbes, "O homem é o lobo do homem" (Homo Homini Lupus), sendo assim, o Estado é um mal necessário para que a estabilidade entre os homens seja alcançada. Nessa perspectiva, cabe ainda ressaltar que Émile Durkheim assegura que há problemas na sociedade devido às falhas das instituições responsáveis por manterem o controle. Analogamente, ao associarmos esses pensamentos notamos que há falhas do Estado no que tange à falta de incentivo à um conhecimento mais amplo sobre a diversidade das culturas do Brasil. Nesse sentido, outra falha do Estado é a insuficiência de leis que penalizem o desrespeito cultural, contribuindo assim, para o atual índice de preconceito que já atinge mais de 90% do ambiente escolar. Por conseguinte, é válido ressaltar que países escandinavos, como no caso da Noruega, investem na criação de políticas públicas de incentivo ao conhecimento cultural o que contribui para que o país seja considerado o mais desenvolvido do mundo. Portanto, torna-se evidente que é preciso mudanças. Logo, cabe ao Poder Público, criar leis específicas que penalizem o desrespeito cultural e fiscalizar mais eficientemente o cumprimento da Constituição Federal, com o intuito de atenuar tais casos. Ademais, o Ministério da Educação deve implantar a matéria cultura nas escolas, a fim de que seja mais discutido sobre tal assunto, dando espaço, por exemplo, à cultura afro-brasileira e indígena. Outrossim a mídia, com seu poder persuasivo, deve criar campanhas através das redes sociais e meios audiovisuais sobre a importância do conhecimento cultural e as consequências do preconceito, com a finalidade de causar questionamentos nas pessoas, pois, como proferido por Karl Marx, “As inquietudes são a locomotiva da nação”.