Elis Regina em sua música Querelas do Brasil disse: " O Brasil não conhece o Brasil. O Brasil nunca foi ao Brasil...". A sociedade contemporânea brasileira, em geral, ainda desconhece o valor da pluralidade de sua constituição. Esse fato advém de estereótipos étnicos incentivados durante séculos. No início da colonização do país, a cultura indígena foi subjugada pelos portugueses. Estes enxergavam os nativos como ignorantes e incivilizados. Tal visão fomentada durante séculos escamoteia hoje a importância da relação dos indígenas com a floresta, por exemplo. Essa união índio-floresta trouxe ao povo brasileiro, entre outras coisas, o conhecimento sobre as propriedades de diversas ervas boas à saúde humana. Além da etnia supracitada, os negros também têm sua história de contribuições subjugada e limitada a dança, capoeira e samba. Apesar destas serem formas de cultura importantes à identidade da nação, não são as únicas referências advindas desse grupo. Grandes intelectuais como Milton Santos - um dos maiores geógrafos da história do pensamento geográfico - e Machado de Assis, escritor de uma das obras mais intrigantes da literatura brasileira, Dom Casmurro, elevaram o Brasil a expressivo representante mundial em suas respectivas áreas. Portanto, as escolas devem promover debates entre os alunos em busca de enaltecer o legado de europeus, africanos e índios para a formação da identidade brasileira. Ademais, o ministério da cultura pode liberar verbas para eventos públicos que busquem mostrar ao povo a importância das diversas culturas à evolução social do Brasil.