Em 1808, após aproximação do Grande Império Napoleônico ao seu território, os nobres portugueses migraram para sua mais próspera colônia: o Brasil. Desde então, o desenvolvimento cultural teve início no país, implantou-se o Museu Nacional, a Biblioteca Real, entre outros. Contudo, nos dias atuais, a problemática em relação à valorização cultural tornou-se um desafio, seja pela persistência do preconceito, ou insuficiência de fontes culturais nos municípios. Em meados do século XIX, posterior à segunda revolução industrial, o imperialismo europeu marchou sobre territórios africanos sob justificativa a civilização dos povos, que possuíam, segundos aqueles, culturas inferiores. Hodiernamente, há, na sociedade, um enraizamento do etnocentrismo imperialista, uma vez que muitos julgam crenças, costumes e até gostos musicais como indícios de uma pretensa superioridade em relação a outros. Zeca Camargo, em uma crônica feita após a morte do cantor Cristiano Araújo, cita a "pobreza da atual cultura brasileira". Evidenciando, assim, a continuidade do preconceito. Outrossim, destaca-se a insuficiência de fontes culturais como impasse para a busca da diversidade cultural. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica (IPEA), menos de 20% dos municípios brasileiros têm acesso à arte. Dessa forma, limita-se as visitas a museus, teatros, obstruindo o conhecimento e o sincretismo entre as culturas. Logo, a fim de atenuar o preconceito e valorizar a diversidade cultural, o Ministério da Educação deve promover, periodicamente, nas escolas e nas comunidades, eventos que incorporam: história, costume e forma de expressão das diversas culturas do Brasil. Ademais, é importante que os ministérios do Planejamento e da Cultura, a um médio prazo, expandam a quantidade de fontes culturais nas cidades médias e posteriormente aos municípios menores. Dessa forma, promoverá a democratização do acesso.