Pintado em 1933 pela modernista Tarsila do Amaral, o quadro “Os operários” retrata a pluralidade de etnias brasileiras. Nesse contexto, a formação cultural do Brasil compreende-se como a união de distintos povos e raças. Entretanto, as vertentes da globalização em consonância com a perda dos valores culturais na construção escolar comprometem o reconhecimento da identidade nacional. Desde o fim da Guerra Fria, nos anos 80, a pós-modernidade é marcada pela opressão capitalista. Diante disso, o mundo globalizado impõe às sociedades a padronização de costumes e a unificação de culturas. Esse viés põe em debate a fragmentação de tradições regionais, uma vez que com a imposição de padrões únicos de hábitos, a singularidade de cada comunidade será extinta. Desse modo, manifestações culturais como o carnaval e o bumba meu boi serão extintas em prol da “unicidade” global. Outrossim, é indubitável que escolas aculturadas impulsionam a desvalorização sociocultural. Para Durkheim, o ato social é a maneira coletiva de agir e pensar, dotada de coercitividade. Baseado nesse pensamento, estudantes que não têm, em sua construção escolar, o conhecimento acerca de suas raízes culturais podem ser encaixados na teoria do sociólogo, haja vista a ausência de criticidade que terão ao deparassem com as novas influências globais. Dessa forma, é imprescindível uma intervenção de caráter governamental. A identidade brasileira, portanto, fruto da presença histórica de inúmeros povos precisa ser exaltada. Assim, o Ministério da cultura em associação com as mídias televisivas deve exibir , nos horários de maior audiência, campanhas educativas, com o fito de mostrar a relevância e singularidade de costumes nacionais. Escolas e ONGs podem criar debates mensais abordando a construção cultural do país, a fim de minimizar as terríveis influências da globalização, pois como disse o filósofo Confúcio, enfrentar problemas evitam novos erros.