Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A valorização da cultura nacional na formação da identidade contemporânea

Redação enviada em 30/10/2016

Desde o Império brasileiro, a busca pela identidade nacional é constante, a fim de criar o elo entre os diversos povos que formavam o país. Todavia, esse anseio ainda é visto na contemporaneidade e esbarra em vários problemas, como a tênue relação do cidadão com sua cultura e o não reconhecimento da pluralidade tupiniquim. Pero de Magalhães Gândavo, escritor português, ao chegar ao Brasil, destacou a falta das letras R, F e L no idioma nativo e associou esse fato à ausência de rei, de fé e de lei. A partir de então, instaurou-se o etnocentrismo, devido à subjugação da cultura indígena. De maneira análoga, ainda hoje, muitas etnias têm seus hábitos e costumes relativizados, como a negra. Assim, a priorização de algumas culturas, tidas como superiores, em detrimento de outras corrobora para uma formação errônea e incompleta da identidade nacional. Ademais, o geógrafo brasileiro Pedro Geiger regionaliza o Brasil de acordo com a constituição populacional e cultural, o que ratifica o conceito do teólogo Leonardo Boff, que afirma a construção do indivíduo por meio de suas experiências. Desse modo, a miscigenação e a pluralidade da comunidade tupiniquim secundam a necessidade do reconhecimento da riqueza da nação brasileira no que tange à diversidade de comportamentos e de histórias que compõem o imaginário do cidadão. Além disso, com a atual Globalização, a Indústria Cultural tenta homogeneizar os hábitos e costumes de grande parte do planeta e ressaltar a tênue relação do indivíduo com sua própria cultura, por exemplo, no Brasil. Entretanto, muitos brasileiros têm, continuamente, se apoiado em alguns símbolos nacionais, como a música e outras manifestações artísticas. Esse fato, por sua vez, reforça a citação do escritor russo Leon Tolstói: “A arte é um dos meios que une os homens.” Dessa forma, a Música Popular Brasileira (MPB), o rap, o samba e diversos estilos de melodias fazem parte da história tupiniquim e contam o cotidiano do país, ressaltando suas peculiaridades e belezas, recurso que precisa, urgentemente, ser democratizado em todos os âmbitos sociais. Torna-se evidente, portanto, a extrema necessidade de se suscitar essa questão no Brasil. É preciso que o Ministério da Educação introduza, na matriz educacional brasileira, matérias específicas que ensinem sobre as diferentes expressões culturais do país, para criar o elo nacional. Outrossim, é fundamental que o Ministério da Cultua dê espaço a todos os hábitos e costumes, por meio de apresentações musicais e teatrais, com o objetivo de explicitar à sociedade a importância de cada conhecimento para a construção do próprio indivíduo brasileiro ao democratizar o acesso à essas exteriorizações. É imprescindível, também, que a mídia, mediante programas e propagandas, torne conhecidos os símbolos nacionais, como músicas e patrimônios históricos, para que a tênue relação do brasileiro com sua própria cultura deixe essa conjuntura e a cultura passe a ser ressaltada e valorizada.