Cultura, segundo a Sociologia, é o conjunto de características que um indivíduo herda com seu convívio social. Como nos lembra, o escritor Fernando Pessoa, cultura não é ler muito, nem saber muito; é conhecer muito. Nesse contexto, é válido destacar que, o Brasil está em retrocesso comparado com outros países no requisito de investimento e democratização cultural erudita, mostrando o privilégio cultural da classe mais rica no país. Segundo a pesquisa aplicada pelo Ibope, de 74 municípios interrogados 42% da população afirma que não consumiu atividade cultural no ano de 2012. Comprovando assim, a escassez de acessibilidade aos museus, cinemas e teatros na sociedade brasileira. A qual vem causando o frequente desinteresse nas pessoas junto à desvalorização da cultura nacional, sendo isto, em consequência da má distribuição geográfica que restringe o acesso do jovem à arte em muitos municípios, já que o acesso à cultura é maior nos centros das cidades. Além disso, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2009, mostra que os 10% mais ricos do Brasil são responsáveis por cerca de 40% de todo o consumo cultural no país. Dessa forma, fica explícito que a democratização cultural erudita no Brasil é inexistente. Assim como o investimento à arte, que deveria servir para desenvolver interesse em conjunto de novos artistas oferendo cultura ao povo brasileiro. Conforme já disse José Ortega, "A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem." Em outras palavras, a cultura é fundamental para que o homem possa evoluir, obter novas experiências e conhecimento de outras áreas além do que se é habituado. Isto é uma questão ainda abordada no Brasil, demonstrando carência de democratização visto que o brasileiro tem o direito de cultura erudita e não somente a popular que geralmente é transmitida por TV no mundo pós-moderno na sociedade atual. Portanto, mostra-se indispensável que o Ministério da Cultura juntamente do Governo Federal se mobilizem para tornar mais acessível o recurso à cultura, de maneira que toda a sociedade possa usufruir. Somando a isso, deveria ser obrigatório em todas as escolas, não somente as privadas, incentivar e valorizar projetos culturais que despertem o interesse à novos conhecimentos e também ensinando como entender a cultura não popular que é na maioria das vezes desconhecida pelos jovens brasileiros. Por fim, obtendo conscientização e interesse social na cultura intitulada erudita.