O Brasil é um dos países mais ricos culturalmente devido à própria formação da nação, na qual reside a pluralidade étnica de origem indígena, africana, europeia e asiática. No entanto, a diversidade cultural também gera um preconceito interno, ou seja, entre os próprios brasileiros. Soma-se a isso o processo de globalização, que traz consigo a valorização de valores pregados pelos grandes centros capitalistas em detrimento da cultura local. A priori é preciso analisar o etnocentrismo regional que existe no Brasil. Por ser um país de proporções continentais e povoado por diversos povos em sua gênese, o preconceito interno se fundamenta em diferenças fenotípicas (características físicas) de sua população, já que no Norte e Nordeste a população é majoritariamente negra, enquanto no Sul e Sudeste as pessoas têm a pele mais clara. Há, também, diferenças socioeconômicas, tendo em vista que o sul do país desfruta de uma situação financeira mais favorável em relação ao norte, o que corrobora para a existência de diferenças nacionais, bem como s pratos típicos e o folclore. Por outro lado, com o avanço da tecnologia após a Terceira Revolução Industrial, o fim do século XX, a globalização foi intensificada por meio da mídia, o que resultou num processo de “homogeneização cultural”. Nessa perspectiva, pessoas do mundo inteiro incorporam a cultura norte americana por meio do consumo de filmes, músicas, roupas, comidas e eletrônicos, tudo isso em detrimento da cultura local, que passa a ficar em segundo plano. Fica evidente, portanto, que o Brasil precisa combater o preconceito cultural interno, bem como nacionalizar os bons valores externos, em um processo análogo aos ensinamentos dos poetas modernistas no Movimento Antropofágico. Logo, cabe ao Ministério da Cultura investir mais na mídia brasileira, com vista a uma produção maior, e com melhor qualidade, de filmes, seriados, e peças teatrais, assim a produção cultural local poderá ser propagada. Ademais, cabe ao Ministério da Educação incluir a disciplina de sociologia a partir do ensino fundamental, como forma de combater os diversos tipos de preconceitos nos indivíduos desde crianças.