Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A urgência de valores éticos na contemporaneidade brasileira

Redação enviada em 22/07/2018

A expressão “Lei de Gérson” surgiu em meados dos anos 80 para caracterizar a atitude do indivíduo que gosta de obter vantagem, independentemente dos meios utilizados para atingir seu objetivo. Hoje, chamamos esse comportamento de “jeitinho brasileiro”, uma triste alcunha que caracteriza bem o cidadão médio que, ao mesmo tempo em que critica a corrupção existente na política, pratica diariamente trapaças e dá aula aos seus filhos de como não se comportar. O filósofo Thomas Hobbes, ao argumentar sobre ética e moralidade, afirmava que os seres humanos estabeleciam regras entre si a fim de possibilitar a convivência pacífica. Entretanto, o que ocorre muitas vezes é o descumprimento dessas regras através de atos de corrupção. Na política, onde o assunto é tratado na esfera jurídica e midiática, se concentra maior repulsa por parte da sociedade, todavia, esta mesma sociedade fura filas, joga lixo na rua, desvia energia através de “gatos” e sonega impostos, o que demonstra uma deficiência moral que afeta toda a população, inutilizando tais normas de convivência. Além disso, o comportamento desviado dos adultos serve de modelo para as crianças, futuro da sociedade. No filme “Obrigado por fumar”, a personagem principal é um lobista da indústria de cigarros, que começa a se preocupar com o interesse repentino de seu filho por seu trabalho, já que ele se considera um péssimo exemplo de ética ao incentivar o consumo de tabaco. Na vida real, adultos são espelhos e seus modos deveriam ser criteriosamente pensados, a fim de evitar que os mais novos tenham as mesmas atitudes e achem-nas normais. A partir do exposto, é necessário que o Governo Federal, em parceria com estados e municípios, aumente o número de vagas em escolas da rede pública, através de um maior investimento da receita, com a finalidade de educar as crianças do país, pois a educação é pilar importante na construção de uma sociedade ética. Outrossim, o Ministério da Educação deve incluir na grade curricular do ensino fundamental a matéria “ética e coletividade”, para que os pequenos cidadãos entendam o poder da honestidade, acabando de vez com o “jeitinho brasileiro”.