Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A urgência de valores éticos na contemporaneidade brasileira

Redação enviada em 20/07/2018

No célebre livro de George Orwell "A Revolução dos Bichos", é elucidado como a oportunidade apoiada em um sistema falho pode corromper os valores éticos do indivíduo.De maneira análoga à obra, a realidade hodierna não difere quanto a esse aspecto, sobretudo no que concerne as consequências desse infortúnio persistente entre a comunidade. A continuidade da ausência de valores éticos tem potencializado seus frutos negativos, como a banalização do senso moral e ausência de um sistema punitivo eficaz, principalmente frente à um sistema educacional falho e à um governo repleto de escândalos de corrupção.Destarte, faz necessário analisar tal problemática, uma vez que essa causa o impedimento de convívio social. Nesse sentido, justifica-se o cenário da falta desses valores à luz da obra "Abaporu" de Tarsila do Amaral, haja vista tal artista retratar um indivíduo com grande cabeça e pequeno corpo, podendo representar um indivíduo alienado.Por esse ângulo analítico, averiguam-se como motivação recorrente dessa ausência à oligofrenia social que caracteriza o famoso "jeitinho brasileiro", evidenciando a estreita relação entre a urgência de valores e a banalização do senso moral.Nessa ótica, elenca-se o desmazelo advindo da escola como conjuntura favorável a constância desse revés, o qual atua na criação de um indivíduo com carência de valores, uma vez que o foco educacional traduz-se na intelectualidade, mas, não, na moralidade, de sorte a formular peça-chave de tal falha, o que reverbera um viés nocivo de inconstâncias na sociedade. À vista disso, insere-se, ainda, como relevante sequela dessa ausência e denuncia da urgência de valores: a ausência de um sistema punitivo eficaz.Sob esse nicho reflexivo, é axiomático que o indivíduo o qual comete desvios não tem amparo governamental de melhora, principalmente no cárcere, por isso, muitas vezes, mesmo após cumprir penas rígidas, não possui outra escolha, se não continuar em seu desvio.Para fins de ratificação, cita-se a estatística do Ministério da Justiça, a qual afirma que mais de 80% dos presos voltam a cometer crimes quando soltos.Mesmo que sejam evidentes as circunstâncias nocivas dessa égide, o governo, de maneira contraditória, demonstra um comportamento relapso frente à problemática, principalmente em relação aos governantes, de modo a ressaltar escândalos de corrupção como o "Petrolão" e o "Mensalão", e ao não disseminar medidas eficazes de prevenção e conscientização acerca do contexto abordado. Sob esse prisma de arestas conflituosas, é indubitável a necessidade de ações sinérgicas entre escola e governo a fim conter o avanço desse problema.Para tanto, compete a escola a melhoria de sua base curricular, mediante a mudança de foco, principalmente nas disciplina de filosofia e sociologia, à um viés moral e à uma transformação de valores individuais. Outrossim, é função precípua do governo fiscalizar a sociedade, de modo a fomentar um sistema político coerente e coeso, com a formação de governantes modelo e a construir um sistema carcerário transformador de cidadãos, por via de impostos arrecadados, para que juntamente com o sistema educacional formem uma sociedade ética.