Hodiernamente no Brasil, os valores éticos são leões amedrontados por ratos. Valores e princípios essenciais para o desenvolvimento social de qualquer país têm raízes curtas e frágeis em solo brasileiro. Oportunidades ilegais para se obter vantagem são engolidas pelo egocentrismo que é mascarado de "jeitinho brasileiro". Os valores éticos surgem no Brasil não apenas como uma necessidade, mas como uma urgência para salvar a nação conhecida pela prática da corrupção em diversos níveis sociais e escalas de gravidade. Está explícita no livro "Ética a Nicômaco", do grande filósofo Aristóteles, a importância do homem deixar de lado questões de caráter individualista e pensar no coletivo. Esse preceito aristotélico é pouco cumprido na sociedade brasileira, o que corrobora com a desigualdade social, desvio de verbas públicas, nepotismo e outros problemas causados pela ausência de benevolência e coletivismo por parte dos cidadãos. Indubitavelmente, a construção dos valores éticos deve ser feita durante o desenvolvimento juvenil, porém, principalmente durante o desenvolvimento infantil. Platão, pensador grego e também pedagogo, há centenas de anos antes de Cristo já ressaltava o valor da educação das crianças no que diz respeito a formação da virtude, isto é, buscar o "justo meio". De certo, pode-se dizer que a educação no Brasil falha nessa grande função. Uma boa prova disso pode ser encontrada nas próprias escolas, onde muitos estudantes "colam" em exames ou copiam deveres escolares em vez de agir eticamente. Diante desse cenário catastrófico, fica clara a urgência dos valores éticos na contemporaneidade brasileira. Portanto, é fundamental que o Ministério da Educação e Cultura inclua maior relevância a construção da ética em salas de aula no projeto pedagógico de ensino brasileiro, de forma a desenvolver o hábito virtuoso e a consciência ética em cada estudante brasileiro. Ademais, o Governo Federal deve realizar propagandas em canais televisivos para salientar a importância da conduta ética. Desse modo, diminui-se a predominância do egocentrismo e a prática da corrupção na sociedade brasileira e se fortalece as raízes de um país justo e coletivista.