Toda ação provoca uma reação. A terceira lei de Isaac Newton parece fazer alusão ao comportamento dos indivíduos perante a sociedade. Hodiernamente, o Brasil atravessa uma longa crise política e econômica originada pela ausência de valores éticos de políticos e empresários poderosos. Mais do que nas relações interpessoais, a falta de princípios morais podem ocasionar sérias consequências à longo prazo, seja na economia de um país inteiro, seja na esfera ambiental - assuntos cada vez mais discutidos no mundo globalizado. Em primeiro lugar, é imprescindível destacar todo o potencial não aproveitado do Brasil devido a má conduta dos governantes. Toda a corrupção que parece ser inesgotável nos poderes executivo, legislativo e judiciário, impede que um país de dimensões continentais e rico em recursos naturais como poucos, seja majoritariamente dependente da exportação de "commodities", como banana, soja e café. Gestores responsáveis por verbas públicas direcionadas ao investimento em universidades - onde são feitas pesquisas científicas - por exemplo, acabam por desviar esses recursos para beneficiamento próprio, em nome da ganância e egoísmo. Ademais, o desenvolvimento sustentável - aparentemente utópico - sofre interferências cotidianamente pela falta de ética do homem perante o meio ambiente. A exploração de faunas e floras deixou a Mata Atlântica com apenas 7% do que era, transformando várias áreas em "hotspots". Além da extinção de espécies nativas, a diminuição da vegetação atrapalha no processo de fotossíntese, em que as plantas aproveitam o gás carbônico (CO2) para produzir oxigênio (O2) - indispensável na respiração. Fica evidente, portanto, que a urgência da adoção de valores morais é um motor capaz de alterações profundas no Brasil não apenas melhorando as relações entre pessoas. Desse modo, a família, que tem papel fundamental na formação ética e moral de cada indivíduo, deve educar as crianças por meio de ações cotidianas, como o respeito às pessoas e ao ambiente em que está inserido, a fim de estimular comportamentos exemplares na infância para que sejam aplicados na vida adulta, visto que, como afirmou Immanuel Kant: "O homem é produto de sua educação".