É cada vez mais frequente, nos meios de comunicação, o relato de casos de desrespeito as questões sociais e, mais ainda, dos atos de corrupção tidos como inocentes por parte de seus praticantes. Mas que na verdade, são, somente demonstração diária da falta de empatia e do egoísmo da sociedade. Basta usar o transporte público, sobretudo nos horários de elevado movimento, que facilmente se presenciará pessoas fazendo uso dos assentos prioritários sem que possuam o direito para tal, privando, assim, aqueles que de fato possuem tal legitimidade. Isto é, uma representação da ausência da empatia e da ética, aqui entendido como conjunto de valores que orientam as ações dos indivíduos. Quer dizer, não ofertar ao outro indivíduo tudo o que não se deseja para si. Somam-se ainda as “facilitações” diárias. Ora é o guarda de trânsito que aceita vantagens para não autuar o infrator da legislação. Ora é aquela pessoa que não respeita a fila. Há ainda aquele que assuma determinadas posturas, apenas quando há benefício próprio. Dessa forma, parece que a sociedade deixou de valorizar o social em detrimento do particular de cada uma. Para que surjam, portanto, valores éticos na sociedade contemporânea é imprescindível orientar e incentivar o indivíduo desde cedo e acompanha-los ao longo de toda vida. Para isso, podem ser criados, principalmente nas escolas, círculos de conversa para que o tema possa ser abordado e discutido entre os alunos, estruturando o pensamento crítico e estimulando o protagonismo juvenil. Tal proposta asseguraria a formação de cidadãos mais preocupados com as questões sociais e com o melhor desenvolvimento da sociedade.