A urgência de valores éticos, no Brasil, não é um problema atual: desde o início de nossa história, são desvelados, destacadamente na última década, atitudes antiética de, por exemplo, figuras políticas e midiáticas da sociedade. Sendo assim, como dito por Mahatma Gandhi, o futuro depende daquilo que fazemos no presente e, por isto, é necessário analisar esta contrariedade, de modo a propor soluções para dirimi-la. Desde a Revolução Informacional, a obtenção de informações acerca de copiosos assuntos foi facilitada. Com isto, especialmente na última década, emergiu no Brasil notícias que revelam atitudes como, por exemplo, o desvio de verba que deveria ser destinada à merenda escolar. Isto posto, pode-se afirmar que a sociedade brasileira, no geral, padece da falta de empatia em suas ações. Nesta conjectura, ao analisar um país como o Japão, que possui um exemplar modelo educacional e escassos índices de atitudes antiéticas, torna-se possível associar que tais ações à educação precária que o Brasil padece - somente 15% do PIB (produto interno bruto) é destinado à área. Além disto, tal afirmação corrobora com a afirmação do sociólogo Pierre Bourdieu de que os valores aprendidos são decorrentes de grupos sociais, dentre os quais a escola é um dos principais. Dado o exposto, é imprescindível que o Ministério da Educação amplie os investimentos na educação e formação de professores capacitados, de modo a estruturar de maneira efetiva as valores éticos aos cidadãos desde as fases iniciais de seu desenvolvimento. Além disto, cabe à mídia atuar como disseminadora de tais medidas de modo a corroborar com a urgência de tais princípios em nossa sociedade. Afinal, como dito por Confúcio, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.