Em grandezas termodinâmicas, a entropia mede a desordem dos sistemas - quanto maior o grau, maior será a energia necessária para estabilizá-los. Não obstante, nas relações humanas, pode-se afirmar que o grau de entropia, no que tange à carência de valores éticos na sociedade brasileira, está elevado. Deixando nítida a necessidade de medidas para solucionar esse impasse. Mormente, cabe salientar que a estrutura familiar possui um papel substancial na formação dos valores éticos e morais do indivíduo. Segundo o filósofo Mario Sergio Cortella, não só a educação dos filhos que é importante, mas a dos pais também. Com isso, infere-se que os pais devem analisar não só o que dizem, mas também o que falam aos filhos, visto que eles são o principal referencial ético, durante a fase de socialização, da criança. Além do mais, a falta de debates sobre essa temáticas nas escolas brasileiras prejudica a cultivação desses valores na sociedade, uma vez que a escola é a instituição social que forma o censo crítico do cidadão. Diante dessa carência no âmbito escolar, o Exército Brasileiro, por meio do Tiro de Guerra, tem proporcionado aos jovens uma instrução cívico-militar, em que é disseminado a importância do dever cívico e dos valores éticos. Portanto, observa-se a imprescindibilidade de haver mudanças no âmbito escolar. Em suma, como na segunda lei da termodinâmica, a ordem tende, obrigatoriamente, à desordem, logo, medidas são necessárias para que a entropia, a qual se refere aos animais, seja estabilizada. É necessário que o governo federal, em parceria com o Ministério da Educação, insira esse tema na grade curricular, por meio de alteração no Plano Nacional Educação, com o fito de garantir a retomada desses valores fundamentais para a construção de uma sociedade mais livre, justa e igualitária. E quem sabe assim, trabalhando de maneira integrada, a população caminhe inversamente proporcional à lei da física - mantendo a ordem e a harmonia na sociedade.