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Redação sem título.

Proposta: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 10/07/2018

Após 1950, o mundo presenciou a política norte-americana de ampliação da produção agrícola, conhecida como Revolução Verde, que visava principalmente minorar os impactos da fome com a utilização de inovações, a exemplo do uso de pesticidas. Hodiernamente, com sua predominância e emprego, percebe-se no Brasil os efeitos do uso desse defensivos, seja pela permissividade exacerbada, seja pela carência do desenvolvimento de tecnologias alternativas. Portanto, haja vista que o agronegócio é de extrema importância para o desenvolvimento econômico do país, medidas devem ser exercidas, pelos agentes adequados, para solucionar os entraves ligados a ele. Sob esse viés, pode-se apontar um empecilho ligado ao uso de agrotóxicos no Brasil: a tolerância. Apesar da aprovação sobre o uso dos pesticidas serem realizados por órgãos dos Ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Agricultura, o acesso e uso irracional, ultrapassando os limites propostos, ocorre constantemente, além disso, não há fiscalização adequada sobre os aviões pulverizadores e a utilização dos equipamentos de proteção individual. Dessa forma, há recorrentes casos de intoxicação, que podem levar ao óbito, câncer e bioacumulação, ademais, há possibilidade de extinção de espécies e contaminações no solo e vertentes hidrográficas. Demonstrando a gravidade do impasse, já que a atual ineficiência das instituições coloca em risco o equilíbrio ambiental e a saúde humana. Além disso, cabe salientar a necessidade de alternativas para minorar o uso de agrotóxicos. Isso porque, o país não estimula o desenvolvimento de tecnologias que barateiem e facilitem a produção de biopesticidas e outros recursos de controle biológico. Por conseguinte, os agricultores acabam optando pelo recurso mais acessível e conhecido, o agroquímico. Assim, conforme o filósofo Conte, é necessário ver para prever e prever para prover. Nesse sentido, aliado aos fatos supracitados, percebe-se o risco da ineficiência para garantir a segurança na utilização dos defensores agrícolas e prever sua continuação caso medidas eficientes não sejam efetuadas. Então, os Ministério da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente devem prover mais rigidez no controle do uso dos agrotóxicos, com fiscalizações periódicas, apuração e punição nos casos de intoxicação e contaminação, diminuindo os efeitos causados no uso desse mecanismo, além de parcerias publico-privadas para o desenvolvimento de alternativas, de controle de pragas, ecológicas, baratas e eficientes, para redução dos pesticidas nas plantações. Só assim, os impactos da fome não serão revertidos para efeitos na saúde e meio ambiente devido os meios de sua contenção.