De acordo com Karl Marx, a economia é o determinante social. Nesse sentido, muitas técnicas foram desenvolvidas a fim de aumentar a produtividade da agricultura, e, consequentemente, seu lucro. Entretanto, tais inovações, amplamente utilizadas no Brasil, oferecem riscos ao meio ambiente e à saúde humana, tornando necessária a análise de seus impactos. A priori, destacam-se os efeitos negativos dos agrotóxicos no meio ambiente, pois são capazes de contaminar o solo, tornando-os frágeis e até mesmo inférteis. Por conseguinte, as áreas utilizadas acabam não podendo serem reutilizadas por conta da degradação, o que ocasiona um ciclo vicioso de destruição a áreas verdes para o desenvolvimento da agricultura. Além disso, segundo o IBGE, as águas também são frequentemente contaminadas quando rios e lagos entram em contato com agrotóxicos, deixando-as impróprias para o consumo. Sob outro ângulo, os efeitos ocasionados pelo uso de defensores agrícolas também agem na vida humana. De acordo com a ONU, os agrotóxicos são responsáveis pela morte de 200 mil pessoas por ano, haja vista que as intoxicações crônicas – causadas pela exposição prolongada aos produtos – podem gerar problemas gravíssimos como paralisias e tumores. Dessa forma, é perceptível que o excesso de agrotóxicos é de todo problemático. No entanto, por conta da permissividade governamental brasileira, eles continuam protagonistas na agricultura. De modo exposto, é necessário que o Governo finde os problemas relacionados ao uso de agrotóxicos. Para tal, o Estado deve utilizar parte da verba arrecadada pelo mercado agroexportador para investir em pesquisas relacionadas a novas técnicas que aumentem a produtividade, mas não lesem o meio ambiente e saúde com o objetivo de impedir os danos ocasionados pelos defensivos agrícolas. Ademais, o Governo deve proibir, por meio de uma nova lei, a circulação de agrotóxicos proibidos internacionalmente com o intuito de zelar pela saúde da população e respeitar o meio ambiente.