Na década de 1960, vários países subdesenvolvidos vivenciaram a introdução de diversas tecnologias no campo, processo conhecido como Revolução Verde. Nesse sentido, embora os agrotóxicos sejam necessários para aumentar a produtividade agrícola, a preservação do meio ambiente e do ser humano devem ser a prioridade. Com efeito, o diálogo entre povo e Estado é a medida que se impõe. Em primeiro lugar, a mídia possui um papel de legitimar os acontecimentos ocorridos no país. O slogan do comercial da Rede Globo:" agro é tech, agro é pop, agro é tudo", demonta a passividade do Brasil frente aos agrotóxicos, visto que o setor primário está fomentando a economia do país. Nesse prisma, tais divulgações auxiliam no anestesiamento à críticas contra essas substâncias e, consequentemente, na disseminação de uma normalidade à população. Dessa forma, cabe a revisão do papel do quarto poder na atual comunidade. Outrossim, a biota do ambiente é agredida com a utilização de agrotóxicos. Segundo o cientista Charles Darwin- o pai da evolução- a natureza é regida pela Seleção Natural. De fato, as espécies sobreviventes dos pesticidas tendem a gerar descendentes também resistentes e, assim, perpetuar a espécie. Logo, o agricultor é forçado a aumentar a dosagem de remédio em cada aplicação e, indiretamente, maximiza a quantidade de compostos não biodegradáveis aos consumidores finais- fenômeno de magnificação trófica. Fica claro, portanto, que apesar de o Brasil precisar dessas substâncias para a economia, seus efeitos negativos devem ser minimizados. Então cabe ao indivíduo, por meio da internet, buscar informações sobre a produção dos alimentos do cotidiano. Ademais, o Governo Federal, pelo Ministério da Agricultura, incentivar uma política de aumento da produção de alimentos orgânicos com preços reduzidos, objetivando o mercado interno. Com essas medidas, o Brasil caminhará para o pleno Estado Democrático de Direito.