Desde a época Colonial a economia brasileira é caracterizada, prioritariamente, pela produção agrícola voltada para exportação. Com as Revoluções Industriais e consequente mecanização do campo, o país consolidou-se no mercado agroexportador. Essa posição, no entanto, foi alcançada às custas da ampla utilização de agrotóxicos, sendo o Brasil líder mundial no uso de tais substâncias. Primeiramente, é imperativo salientar que a produção nacional necessita de um controle efetivo de pragas, tanto pela quantidade de safras ao longo do ano, quanto pelas condições climáticas, com climas tropicais, que favorecem a proliferação de parasitas e doenças. Porém, é a permissividade ao uso e a falta de maior controle e fiscalização que é preocupante para o consumidor final. Em segundo lugar, vive-se atualmente uma era em que as pessoas estão mais preocupadas com a saúde e o bem-estar geral. Na contramão dessa tendência, a Câmara Legislativa brasileira consegue aprovar um projeto de lei, de autoria do próprio Ministro da Agricultura, que tenta modernizar o registro e controle dos defensivos agrícolas, mas que é duramente criticado por ser considerada, entre outras coisas, uma lei mais permissiva nos registros das substâncias, colocando em risco a saúde da população. Dessa forma, é de suma importância que os fabricantes de tais produtos, em cooperação com órgãos público, como a EMBRAPA e as Universidades, invistam na produção e comercialização de biopesticidas, que além de efetivos, têm menor toxicidade, causando menor impacto ambiental. Também é necessário maior rigor na fiscalização do uso dos agrotóxicos e controle sanitário dos insumos agrícolas produzidos com seu uso pela Anvisa e pelo Ministério da Agricultura, de forma a garantir que os alimentos produzidos causem o menor risco possível à saúde da população.