É indubitável que o Brasil é um dos maiores agroexportadores do mundo. Dessa forma, o país utiliza uma grande quantidade de agrotóxicos, se tornando o campeão no uso desse produto. Apesar de os pesticidas serem necessários para o aumento da produção, podem, a longo prazo, causar danos na saúde do consumidor e, a curto prazo, acarretar impactos ambientais. Assim, é vital realizar debates profícuos acerca dessa situação a fim dese apresentarem soluções eficazes. Na Irlanda, no período de 1845 a 1849, um fungo foi responsável pela contaminação, em larga escala, da plantação de batata, matando, aproximadamente, um milhão de pessoas de fome. No entanto, ao observar no contexto atual, esses eventos não ocorrem devido a Revolução Verde, ocorrida em 1950. O Brasil foi muito beneficiado pelo programa, que elevou a produção de alimentos, através de um conjunto de tecnologias inovadoras, entre elas, o agrotóxico, capaz de matar e impedir a proliferação das pragas. Assim, é evidente que há tolerância quanto ao uso de pesticidas, pois se as pestes não forem controladas, menos alimentos e mais fome. De modo análogo, a utilização dos agrotóxicos têm trazido uma série de consequências, tanto para o meio ambiente, quanto para a saúde do trabalhador rural e do consumidor. Os efeitos nocivos do uso de pesticidas na saúde humana têm sido objeto de diversos estudos por profissionais da área, indicando a possibilidade de ocorrências de anomalia congênita, de câncer, de doenças mentais e infertilidade. Além de, provocar a contaminação do solo, rios, lagos e lençol freático, que pode colocar em risco a vida dos animais e alterar o equilíbrio biológico e ecológico. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para solucionar esse impasse. Com vistas a diminuir o consumo de alimentos com agrotóxicos, é encargo do Ministério da Saúde, em parceria com os meios de comunicação, promover campanhas que esclareça as vantagens de ingerir alimentos orgânicos. Com o fito de reduzir os danos ambientais causados pelos pesticidas, cabe ao Estado, em conjunto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, incentivar e investir em pesquisas relacionadas ao uso dos biopesticidas, pois a sua aplicação apresenta um risco mínimo para o meio ambiente.