A engenharia genética é uma área da biologia que estuda modificações no DNA de plantas para torna-las resistentes à bactérias e fungos. No entanto, apesar dos avanços na genética, o uso de agrotóxicos ainda é o meio mais utilizado para combater as pragas do campo, causando danos, tanto ao ecossistema quanto à saúde humana. Desse modo, é preciso analisar os efeitos dessa problemática no Brasil. Em primeiro plano, é indubitável que a Revolução verde, com início no século XX, trouxe benefícios para à população. Com a utilização de agrotóxicos pode-se aumentar a produtividade das safras e consequentemente a diminuição do mapa da fome. Entretanto, o uso excessivo desses produtos causa efeitos em cadeia no ecossistema, prejudicando desde os solos, que passam a ser mais ácidos e arenosos, até os lençóis freáticos que abastecem rios e lagos. Segundo dados da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Brasil é o país que mais utiliza agroquímicos no mundo, tal fato está ligado as exportações de commodities que impulsionam a economia do país, mas que deixam marcas devastadoras na biodiversidade regional. Ademais, as intoxicações provocadas por agrotóxicos podem causar sequelas e até mesmo a morte dos indivíduos. De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), o número de pessoas atendidas por exposição a pesticidas cresce exponencialmente no país, atingindo, particularmente produtores rurais que, por vezes, não conhecem os perigos e consequências que a sujeição direta aos inibidores causa. Além do mais, conforme pesquisa da ANVISA, cerca de um terço dos hortifrútis estão com níveis de concentração agrotóxica acima do aceitável, em decorrência disso, à população em geral é prejudicada com a aparição de doenças crônicas e cancerígenas. É evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Cabe a ANVISA, em parceria com os Estados e municípios, recrutar mais agentes que fiscalizem e conscientizem os produtores rurais, por intermédio de palestras que abordem a importância da biossegurança e preservação ambiental. Somado a isso, o Ministério da Agricultura deve retirar do mercado produtos que estejam acima do limite de concentração agrotóxica e aplicar multas e sanções as empresas reincidentes. Desta maneira, o desenvolvimento e sustentabilidade serão os pilares para o progresso da nação.