O Brasil atual, outrora já conhecido como o pais do pau brasil, da cana de açúcar, do café, da borracha, não nega sua vocação para o agronegócio. Embora, com os contemporâneos avanços farmacêuticos se vê preso ao uso excessivo de agrotóxicos comprovadamente nocivos a saúde, graças a uma atuante bancada parlamentar unicamente interessada nos lucros advindos desse nicho econômico. Dentro deste panorama, a Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Inca ( Instituto do Câncer), divulgou um relatório no qual associava regiões com grande uso de agrotóxicos, com uma incidência exorbitante de casos de câncer e má formação fetal. Sabe-se que, não existe um controle real sobre a quantidade de agrotóxicos usados no campo, isso gera uma desmedida exposição humana dos seus componentes - que segundo o Globo, 22 dos 50 permitidos no Brasil são proibidos na União Européia -. Consequentemente, milhares de pessoas adoecem, especialmente o trabalhador rural que tem contato direto com o produto, levando grande parte deles ao sofrimento e ao óbito. Paralelamente, com foco unicamente econômico, já que a maior parte do PIB é proveniente do agronegócio, a grande e atuante bancada ruralista tenta a aprovação de uma lei que restringe a aprovação de novos produtos unicamente ao Ministério da Agricultura, excluindo órgãos técnicos como a ANVISA e o IBAMA. Deste modo, tem se nisso a nítida percepção que interesses financeiros, sobrepujam a vontade coletiva de preservação de manancias e lençóis freáticos, de conservação da fauna como um todo, e principalmente da vida humana. Sendo assim, é triste saber que os representantes do povo representam apenas seus interesses pessoais. Portanto, para solucionar o impasse, o legislativo deverá aprovar uma lei de isenção fiscal por 10 anos, para empresas do ramo farmacêutico e biotecnológico que desenvolvam pesticidas não agressivos aos seres humanos e apoluentes. Gerando assim, uma considerável redução de doenças e na degradação ambiental advindas desses verdadeiros venenos.