Durante o século XX, a Revolução Verde propiciou intensivamente a utilização de agrotóxicos no Brasil. Similarmente, esta prática agrícola ainda é utilizada no país que encontra-se em primeiro lugar no uso de pesticidas e, logo, entre os maiores consumidores de produtos com estas substâncias nocivas à saúde. Nesse contexto, cabe analisar os entraves vinculados à problemática da tolerância aos agrotóxicos e suas consequências na sociedade brasileira. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. De acordo com o que está prescrito na Constituição, é proibido o uso de defensivos agrícolas que possam trazer malefícios à população. No entanto, o escasso controle e fiscalização no uso dessas substâncias influem ao uso de agrotóxicos cancerígenos, mutagênicos e teratogênicos, embora, existam métodos menos prejudiciais à saude e mais sustentáveis para o solo. Cabe salientar, também, que o desconhecimento dos brasileiros sobre os riscos e perigos dos pesticidas consolidam tal tolerância. Segundo Gilberto Diemnsten, a informação possibilita diferentes opções. Nessa lógica, entende-se que a restrição de informações aos cidadãos sobre esses meios químicos, por conseguinte, corrobora com o consumo passivo de alimentos infectados. Dessa forma, portanto, medidas são necessárias para resolver esse empasse. O Estado deve otimizar a criação e aplicação de leis mais severas referentes ao uso abusivo de agroquímicos a fim de diminuir a prática desses e incentivar a utilização de biodegradáveis na agricultura. Outrossim, o Ministério da Saúde aliado a ONGs deve informar a população sobre os malefícios e doenças relacionadas ao consumo de alimentos com defensivos agrícolas por meio das diversas formas de comunicação social, assim, visando uma maior conscientização populacional. Desse modo, entender-se-á os efeitos negativos desses venenos químicos na sociedade brasileira.