Título da redação:

Por que não usar agrotóxicos?

Proposta: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 16/07/2018

No Brasil, é progressivamente destacável a quantidade de agrotóxicos utilizados no desenvolvimento das mais variadas lavouras, assim como os prejuízos decorrentes dessa ação. Essa circunstância desafiadora suscita uma atuação mais expressiva do poder público em cooperação com a sociedade civil no intuito de garantir modificações na produção agrícola brasileira. Nesse contexto, o setor agrário passou a realizar uma utilização excessiva de produtos fitossanitários a partir da Revolução Verde, na década de 60. A partir dessa época, diversos foram os prejuízos causados em decorrência do manejo desenfreado dessas substâncias , como a contaminação de solos e lençóis freáticos, além de causarem inúmeros problemas de saúde, desde câncer a malformações. Nessa conjuntura, destaca-se a existência da Lei de Agrotóxicos, que visa a regulamentarizar a aplicação desses produtos no Brasil. Porém, em comparação com legislações desse âmbito, essa lei é considerada praticamente ineficaz, pois permite a utilização de substâncias já constatadas como cancerígenas. Outrossim, infelizmente, ressalta-se que os agricultores, que estão no centro dessa discussão, sob pressão de seus interesses econômicos, muitas vezes desconsideram riscos e consequências da utilização de agrotóxicos altamente perigosos. Por último, salienta-se, ainda, que dentro do grupo de produtores, há aqueles desinformados acerca dessa temática e que precisam de apoio para desenvolver seus ecossistemas de forma sustentável. Diante dos fatos supracitados, a fim de diminuir o elevado consumo de produtos fitossanitários, urge que o Estado realize modificações na atual legislação vigente com o objetivo de torná-la mais rigorosa em relação à sua atual permissividade, além de punir, por meio de multas, agricultores que não sigam tais diretrizes. Ademais, é preciso, também, que mais recursos econômicos sejam destinados à Embrapa para que seja possibilitado o desenvolvimento de pesquisas que substituam os atuais produtos utilizados na agricultura por outros menos perigosos, bem como oportunidades de melhoramento, em conjuntos com os agricultores, de técnicas que diminuam a dependência dos químicos, como o modelo de produção agroecológico.