Na idade contemporânea as demandas extensivas de produção têm promovido hábitos e tecnologias danosas tanto ao homem quanto aos ecossistemas de modo generalizado. O uso irrefletido de agrotóxicos, produtos químicos que combatem a ação de organismos em plantações, é um exemplo alarmante dessas ações antrópicas. Dentre os prejuízos gerados pela utilização das referidas substâncias, convém citar o seu uso em produtos alimentícios que por conseguinte atuam como um veneno na alimentação dos brasileiros tal como a provável dependência na produção agrícola que essa aplicação pode suscitar. Com a eclosão da Revolução Verde, movimento que defendia a modernização da agricultura em meados da década de 60, o uso de máquinas, sementes geneticamente modificadas e agrotóxicos tornou-se uma prática mundial que se perpetuou até os dias atuais no Brasil. A problemática envolvida nesse cenário reside na dependência adquirida ao longo dos anos do comércio agrícola brasileiro, considerado mundialmente como o maior produtor e consumidor de pesticidas de acordo com diversos órgãos de pesquisa. Tal fator, somado a ausência de legislações punitivas aos grandes agricultores, contribuem para o continuísmo do uso imoderado desses artifícios prejudiciais. Outrossim, vinculado ao fato citado previamente, cabe mencionar os efeitos decorrentes da aplicação em larga escala de agrotóxicos sobretudo no âmbito alimentício. A contaminação pela ingestão dos tais tem como consequência o desenvolvimento de doenças crônicas bem como a ocorrência de intoxicações, fator que, dentre outros, inviabiliza a obtenção de hábitos alimentares genuinamente saudáveis, afinal, ingerir produtos como frutas e verduras na realidade brasileira, tornou-se um risco frequente. Assim, infere-se que mobilizações sociais necessitam ser promovidas a fim de que a utilização intensiva de agrotóxicos no Brasil seja devidamente freada. Convém aos Órgãos de Segurança Pública como a Polícia Federal, fiscalizarem semestralmente as grandes plantações renomadas do país com a finalidade de que os níveis de pesticidas aplicados nos alimentos sejam averiguados e caso exageros sejam constatados, a empresa deverá ser punida por meio de multas equivalentes a R$ 500.000 reais. Além disso, cabe ao Ministério da Fazenda ser menos permissivo com as políticas de produção e consumo de agrotóxicos, barrando a produção extensiva dessas substâncias no território nacional. Desse modo, será factível ofertar uma verdadeira qualidade de vida aos brasileiros.