O Taylorismo, modelo de produção industrial, prega que a produção deve ser em grande escala, de forma a atender toda demanda, mesmo as futuras. Com isso, é de se esperar que, em alguns casos, a qualidade do produto seja afetada, como o que ocorre com os produtos do agronegócio. Essa busca desenfreada pelo lucro afeta diversas esferas, desde o meio ambiente até o consumidor. Em primeira análise, é importante destacar que as leis atuais do Brasil dão margem ao uso dos agrotóxicos. Entretanto, essa legislação é extremamente criticada pela grande maioria dos engenheiros e biólogos mundialmente renomados. Aliás, o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Fernando Carneiro, afirma que o país, paulatinamente, passa a ser tornar uma espécie de paraíso dos agrotóxicos. Hodiernamente, tramita no Congresso um projeto de lei que flexibiliza o controle dos agrotóxicos nas produções, o que gerou grande polêmica na sociedade. Isso porque um dos principais pontos dessa lei é centralizar as avaliações somente ao Ministério da Agricultura, ignorando o Ministério da Saúde e o do Meio Ambiente. Assim, há o temor de que o grande interesse pelo capital do agronegócio supere as preocupações necessárias quanto à qualidade. Indubitavelmente, o uso desenfreado de produtos que maximizam a produção, algo que ocorre bastante no país, é extremamente prejudicial à saúde dos consumidores, visto que, na maioria dos casos, os agrotóxicos não são removidos nem mesmo lavando bem o alimento. Outrossim, como a cultura de plantio no Brasil é constante, o uso de pesticidas para controles de pragas, visando uma maior produção, acaba desgastando e ferindo rapidamente as terras. Não obstante, muitos dos trabalhadores sofrem intoxicação pelo mau uso dos produtos. Urge ao Estado, como gestor do coletivo, sanar a problemática do uso descabido dos agrotóxicos. O Ministério do Meio Ambiente, deve buscar popularizar, por meio de incentivo fiscais a pequenos produtos, o plantio sazonal, estudado e aplicado de acordo com a época do ano, de forma a proteger as terras de efeitos constantes dos pesticidas. Também, por meio de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Comunicação, elaborar propagandas que atentem ao uso dos produtos orgânicos, por serem menos nocivos aos consumidores.