Título da redação:

Diz que agro é bom, mas não diz que é tóxico

Proposta: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 01/08/2018

É indiscutível que os agrotóxicos trouxeram maior rentabilidade na produção de commodities. Então, sendo o lucro o maior dos objetivos, a regulação das substâncias submete-se à interesses políticos e econômicos das elites agrárias e seus defensores. Dessa maneira, o Brasil se tornou o líder dos pesticidas e segundo a Anvisa, seu uso cresceu em mais de 190% nos últimos 10 anos. Infelizmente, essa prática massiva negligencia os cuidados com o meio ambiente e com os consumidores, faltando-lhes opções. Prova dessa utilização intensiva brasileira se dá ao comparar a postura de outros países, onde mais da metade dos agrotóxicos permitidos aqui são proibidos nos EUA e na União Europeia. Além disso, a análise pela Anvisa é extremamente demorada, mesmo quando o INCA aborda sobre algumas das substâncias. Vê-se o excesso ao analisar quão contaminado os lençóis freáticos das áreas produtoras se encontram. Por outro lado, o acesso tanto à informação, quanto a alternativas - alimentos orgânicos - é difícil. A quantidade de artigos contraditórios na internet é enorme e a discussão sobre o tema por fontes confiáveis é pouca. Não só isso, mas pesquisas sobre alternativas parecem escassas. Como consequência, a média desses produtos ingeridos por alguém é cerca de 5L por ano de acordo com a OMS, cujos impactos não tem a atenção devida. Em suma, há a necessidade de uma atenção Federal maior, aumentando a participação do Ministério da Saúde e do Meio Ambiente nessas questões, também cabe ao legislativo, proibir os pesticidas mais nocivos. Com o o âmbito de aumentar o acesso aos orgânicos, deve-se incentivar a mão de obra através de subsídios aos pequenos produtores. Por fim, o investimento do Ministério do Agronegócio em pesquisar outros meios sustentáveis quanto as pragas (como biopesticidas ) deve ser obrigatório.