Título da redação:

Agrotóxicos: não dá para tolerar.

Proposta: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 22/09/2018

A evolução do modelo agrícola passou por vários estágios, desde quando nossos ancestrais começaram a produzir seu próprio alimento até o cultivo em larga escala. Com o surgimento do DDT, foi possível realizar o controle de pragas em imensas áreas de plantio. Porém o que deveria ser uma solução, mostrou-se como um mal à sociedade. Nunca houve “inocência”, com relação ao uso de agrotóxicos. Apesar dos propósitos, os efeitos colaterais sempre foram conhecidos. Então, estamos falando de veneno. Não é exagero dizer - do veneno que comemos -, afinal é aplicado diretamente no vegetal. O fato do Brasil despontar como um dos maiores agroexportadores mundiais, deveria ser o principal motivo para que liderássemos o uso controlado de pesticidas. Infelizmente poderemos, inclusive, retroceder. Com o lobby feito pela bancada ruralista é possível que as regras atuais sejam abrandadas. No entanto, há alternativas mais ecológicas, saudáveis, e ainda sim, econômicas. Uma delas trata da obrigatoriedade das empresas destinarem parte de seus lucros para o desenvolvimento de pesquisas no ramo de biopesticidas. Estes produtos, além de apresentarem baixo impacto ambiental e ao homem, detém rápida taxa de decomposição. Outra medida favoreceria à agricultura familiar, a partir da concessão de incentivos fiscais para cooperativas produtoras de alimentos orgânicos. Por fim, a aprovação de uma legislação que estabeleça critérios atuais para liberação de novos agrotóxicos. Um deles atrelaria uma nova permissão somente quando os riscos apresentados corresponderem a parâmetros de organismos internacionais. Todos nós temos o direito a optar por uma alimentação saudável. Afinal, existem múltiplas formas de disponibilizar um alimento seguro. Flexibilizar a legislação dos agrotóxicos será o “atestado de óbito” da saúde pública.