Funcionando como a lei de Newton, a lei da Inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele, de maneira análoga, ocorre o uso deliberado de agrotóxicos no país. Com isso, o contexto histórico malefícios para a saúde funcionam como forças que fazem a perpetuação desse movimento. Em primeira análise, vale reiterar a citação de Larissa Bombardi, professora da USP, a qual aduz que o Brasil é campeão no uso de agrotóxicos. Por dois motivos: o primeiro é porque a nação é uma grande exportadora. E o segundo é a permissividade, a quantidade de produtos químicos que são permitidos pela sociedade. Sob essa ótica, cabe entender esses dois pilares da permanência do uso de insumos químicos. No país, desde o período colonial há uma predominância nas exportações, visto que uma das funções da colônia era abastecer a metrópole. E o segundo alicerce negativo é a aceitação popular no que tange ao uso de agrotóxicos, haja vista o conhecimento social diante do uso de insumos. Em segunda análise, convém salientar os malefícios do uso substâncias químicas. Diante dessa perspectiva, vale destacar o consumo diário do corpo social no que diz respeito a alimentos contaminados, dado que grande parte dos alimentos tiveram contatos com os agrotóxicos. Ademais, vale ressaltar o risco corrido pelos agricultores que, inevitavelmente, acabam sendo contaminados, não só pelo consumo, mas também pelo frequente manuseio dos insumos. Diante desse panorama, torna-se indubitável que o limite a tolerância aos agrotóxicos foram rompidos. Como forma de mitigar tal cenário, cabe ao Governo Federal juntamente com o Ministério da Saúde promulgar leis que tornem impeditivo o uso produtos químicos, a fim de que a sociedade não seja atingida e não sofra as consequências dos insumos químicos.