Título da redação:

Agrotóxicos e sua dupla face

Proposta: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 28/05/2018

No Brasil, há anos, um tema vem gerando muita discussão: a tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos. De um lado existem os agricultores e produtores, que defendem o seu uso. Do outro lado, pesquisadores, cientistas e médicos, que apontam para os efeitos nocivos. Para os defensores, baseiam-se no argumento de que a economia brasileira é altamente dependente da agricultura, e o uso de agrotóxicos é essencial para manter os níveis de produção elevados. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária, em 2017, o agronegócio representou 23,5% do PIB nacional, sendo o setor responsável por tirar o país da rescessão e controlar os índices de inflação. Os bons resultados tiveram como responsáveis algumas super-safras, por exemplo, a soja, em que o uso de agrotóxicos tiveram grande importância para que ocorressem. Entretando, apesar da importância para a economia, isso não pode ser, por si só, a justificativa para o uso de qualquer tipo de agrotóxico, devido aos efeitos nocivos que alguns deles causam para a saúde e meio ambiente. Em relação à saude, estudos da UNICAMP monstraram que o uso de agrotóxicos estão ligados a diversos tipos de doenças de alto risco, como o cancêr. Já no que tange ao meio ambiente, tais produtos podem, além de exterminar as pragas, acabar matando animais como pássaros e peixes, causando prejuízos irreverssíveis para a fauna e flora. Diante do panorama brasileiro, torna-se essencial ponderar os dois fatores (importância para a economia e efeitos nocivos) e buscar soluções plausíveis para o melhor uso dos agrotóxicos. Em primeiro plano, é necessária a busca de produtos que causem o mínimo de efeitos colaterais possíveis. Para isso , de extrema valia seriam aumentos em investimentos para se firmarem mais convênios entre os Governos Federais, Estaduais e Municipais com Universidades, para que elas aprofundem pesquisas em busca de uma melhor qualidade dos agrotóxicos. Em segundo plano, após evidenciado ou que se tanha descoberto algum novo produto, a forma de se aprovar e permitir a produção e comercialização do mesmo não pode ser tão demorada como é atualmente. É preciso que haja descentralização do poder decisório (que hoje gira muito em torno do congresso nacional, tendo em vista a competência constitucional da União para lesgislar a cerca de Agricultura) para orgãos especializados em tratar do assunto, sejam eles federais, estaduais ou municipais. Dessa forma ocorreria uma maior celeridade no processo, desde que tudo fosse feito de forma eficiente e coordenada.