Título da redação:

A toxidade do agronegócio

Proposta: A tolerância aos agrotóxicos e seus efeitos no Brasil

Redação enviada em 04/09/2018

“O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”. Essa frase foi lema do positivista Auguste Comte, o qual defendia que uma das únicas saídas para a evolução social seria por meio do progresso. Todavia, quando se observa a excessiva tolerância aos agrotóxicos no Brasil, verifica-se um contraste com a defesa do filósofo, pois esse descaso retarda tal avanço, e segue intensamente a realidade do país. Nesse sentido, são cruciais a análise e a busca por soluções para os principais efeitos desse flagelo à sociedade e ao meio ambiente. De antemão, é axiomático que a transgressão à Política Nacional do Meio Ambiente- PNMA contribui para a utilização acentuada dos agrotóxicos no controle de pragas nocivas à agropecuária brasileira. Segundo a ambientalista Andrea Taiyoo, preservar a natureza é proteger a vida. Contudo, hodiernamente, esse conceito encontra-se distorcido no Brasil, em razão de o país ser um potencial agroexportador, e a tolerância aplicada desses produtos químicos que é alarmante, comparada ao uso na Europa, compromete sua saúde pública, como o desenvolvimento de câncer nos indivíduos, de acordo com a Organização das Nações Unidas - ONU. Outrossim, o comportamento do agrotóxico provoca graves danos ambientais, visto que contamina o solo, o lençol freático e os outros meios hidrológicos, o que prejudica a fauna e a vida humana, causando um grande desequilíbrio ambiental, conforme informa o Ministério do Meio Ambiente. Consoante o naturalista Charles Darwin, a sobrevivência de um organismo depende da existência de um outro. Desse modo, constata-se que a busca por novas alternativas para o combate das mazelas, as quais prejudicam o agronegócio brasileiro, seria uma ótima aposta para amenizar tais impactos. Assim, a relação de dependência entre o homem e a natureza ficaria mais harmônica, obedecendo à ótica de Darwin. Logo, com a finalidade de se alcançar o progresso, como a visão de Auguste Comte, urge que os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente promovam intensas campanhas, por meio de documentários, curtas-metragens, divulgando-os nos principais meios de comunicações, tais como as redes sociais, no intuito de despertar a atenção governo aos alarmantes estragos tóxicos causados à fauna e à saúde da população, e exigir dos políticos que busquem novos métodos eficazes, como o biopesticida já utilizado nos Estados Unidos, para o controle sustentável de pragas, proporcionando o bem-estar ambiental e social. Dessa forma, o Brasil dará um grande avanço no seu desenvolvimento.