O combate ao grande uso de agrotóxicos encontra, no Brasil, uma série de obstáculos. Aliás, a prática intensa utilizada pelas empresas de agronegócios e a flexibilidade do Governo diante a essa questão são fatores que contribuem para tal querela. Nesse sentido, tornam-se necessárias medidas cabíveis. A priori, é válido ressaltar o uso intensivo de agrotóxicos por parte das empresas, visando intensificar a produção para obter um lucro maior. Contudo, segundo o filósofo Francis Bacon, “só se pode vencer a natureza obedecendo-lhe”. Dessa maneira, nota-se que usar substâncias tóxicas para matar os predadores das plantas e, por conseguinte, acelerar a produtividade gera consequências, como a perda de biota e a contaminação de lençóis freáticos, causando uma diminuição de áreas próprias para o plantio. A posteriori, observa-se a flexibilidade do Estado quanto ao uso de agrotóxicos, permitindo a presença de substâncias tóxicas nos alimentos. Tal fato exemplifica-se por meio de uma pesquisa publicada no site El País, a qual afirma que o uso de agrotóxico atinge 70% dos alimentos. Assim, verifica-se a despreocupação do Governo em evitar danos para a saúde humana, culminando em uma taxa maior de doenças mortais, tendo como exemplo o câncer. Destarte, é mister a potencialização de medidas para mitigar o uso de agrotóxicos no Brasil. Para tanto, cabe ao Ministério da Agricultura, por intermédio de campanhas publicitárias, instigar as empresas de agronegócios a combater as pragas nas plantas através de biopesticidas, visando amenizar o impacto na natureza. Outrossim, é de suma importância que o Poder Legislativo, mediante à criação de uma lei, restrinja o uso de substâncias tóxicas em mais de 50% dos alimentos vindo da agricultura, objetivando atenuar os danos à saúde das pessoas. Assim sendo, o país diminuirá os efeitos do agrotóxico.